Visita de Guaidó ao Senado tem confusão e homem arrastado por seguranças; veja
Homem protestava contra o autoproclamado presidente interino da Venezuela aos gritos de "golpista"; ele foi carregado até o elevador
Por iG São Paulo |
A visita do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, ao Senado nesta quinta-feira (28) foi marcada por uma confusão. Enquanto a imprensa aguardava o término do encontro entre Guaidó e o presidente do Senado , Davi Alcolumbre (DEM), um homem gritava “golpista” em protesto ao líder da oposição venezuelana.
Em imagens postadas nas redes sociais, é possível ver o momento em que o homem é carregado por seguranças e retirado do local. Quem estava em volta, apoiou a ação dos guardas e gritou palavras de ordem como “vai para a Venezuela”, “vai para Cuba”, “fora, Maduro”, em favor de Juan Guaidó .
O autoproclamado presidente interino da Venezuela veio ao país discutir com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) a situação no país vizinho comandado pelo presidente Nicolás Maduro. Apesar de o Brasil reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela, o encontro não é considerado uma visita de Estado e aconteceu no gabinete de Bolsonaro.
Guaidó chegou ao Brasil na madrugada desta quinta . Em sua conta pessoal no Twitter, ele disse que veio ao Brasil em busca de apoio para a transição de governo na Venezuela. Antes do encontro com Bolsonaro, ele esteve com representantes diplomáticos de outros países no escritório da delegação da União Europeia, em Brasília.
“Em nosso encontro com os embaixadores dos países da União Europeia, continuamos a fortalecer as relações com nações que reconheceram nossos esforços para recuperar a democracia na Venezuela e obter eleições livres”, escreveu. "Apreciamos o forte apoio internacional dado à nossa rota e apoio à ajuda humanitária. É hora de avançar para conseguir a cessação da usurpação que porá fim à crise na Venezuela, recuperará nosso país e estabilizará a região”, completou.
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No mês passado, o Tribunal Supremo de Justiça proibiu Juan Guaidó de deixar a Venezuela e congelou suas contas. A Corte atendeu a um pedido do procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, aliado do presidente Nicolás Maduro. Apesar da decisão judicial, o presidente interino foi à Colômbia para articular a entrega de ajuda humanitária na fronteira e participar do encontro do Grupo de Lima, em Bogotá. Mesmo correndo risco de ser preso, ele prometeu retornar à Venezuela em breve.