No novo ano legislativo na Câmara dos Deputados, os partidos políticos se mobilizam para definir as lideranças. Neste ano, mais partidos atuarão na Casa após as mudanças significativas nas eleições de 2018. O impacto gerou o aumento no número de siglas em atuação de 25 para 30.
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Apesar de ter representação, a partir deste ano, os partidos enfrentarão os critérios da cláusula de barreira, mecanismo criado para reduzir os partidos com pouca representação na Câmara. Até então, os partidos precisavam eleger pelo menos cinco parlamentares para terem direito a indicarem suas lideranças
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Ao todo, 21 partidos cumpriram as regras nas urnas e, dessa forma, poderão indicar líderes partidários. Além de dar mais protagonismo ao deputado nas discussões de definições de pauta do plenário, cabe ao líder a orientação de bancada e a prerrogativa de encaminhar discussões.
Entre os partidos que poderão designar líderes, 17 já oficializaram o parlamentar:
- PT (54) - Paulo Pimenta (RS)
- PSL (52) - Delegado Waldir (PR)
- PP (38) - Arthur Lira (AL)
- PSD (35) - André de Paula (PE)
- MDB (34) - Baleia Rossi (SP)
- PR (33) - José Rocha (BA)
- PRB (30) - Jhonatan de Jesus (RR)
- DEM (29) - Elmar Nascimento (BA)
- PSDB (29) - Carlos Sampaio (SP)
- PDT (28) - André Figueiredo (CE)
- Solidariedade (13) - Augusto Coutinho (PE)
- Podemos (11) - José Nelto (GO)
- PSOL (10) - Ivan Valente (SP)
- PTB (10) - Pedro Lucas Fernandes (MA)
- NOVO (8), Marcel van Hattem (RS)
- Avante (7) - Luis Tibé (MG)
- PV (4) - Leandre (PR)
Já o PSB, Solidariedade, PPS, PROS e PSC só vão definir seus nomes após a posse dos deputados.
Pelo Regimento da Câmara, dois ou mais partidos podem constituir um bloco parlamentar, que passará a ter uma liderança comum, exercida por apenas um líder. Esses blocos serão constituídos e anunciados após a cerimônia de posse dos parlamentares.
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Rede, PMN, PTC e Democracia Cristã não atingiram a cláusula e não poderão compor liderança nem a integrar o Colégio de Líderes – grupo de parlamentares que define a pauta de votação do plenário. No entanto, poderão indicar um parlamentar para expressar a posição do partido nas votações.
Ainda há previsão de partidos se fundirem a outros, como Patriotas que deve incorporar o PRP, PCdoB que pode incorporar o PPL e o PHS que deverá ser incorporado pelo Podemos, que atingiu a cláusula. No entanto, essas mudanças ainda não foram oficializadas na Câmara e, portanto, novas lideranças não foram escolhidas.