O presidente Jair Bolsonaro (PSL) encontra-se com quadro de saúde "estável" e não teve sangramentos ou "qualquer outra complicação" ao longo do dia, informou o Hospital Albert Einstein no início da noite desta terça-feira (29), dia seguinte à cirurgia para retirada da bolsa de colostomia .
Segundo o boletim, Bolsonaro permanece em jejum oral e recebe analgésicos e hidratação endovenosa. O presidente já se sentou em poltrona e deu início à fisioterapia respiratória e motora. De acordo com os médicos, o presidente, de 63 anos de idade, apresentou "bom desempenho".
O porta-voz do Planalto, Otávio Santana do Rêgo Barros, informou que Bolsonaro já reassumirá a Presidência da República (assumida provisoriamente pelo vice, general Mourão) a partir das 7h da manhã desta quarta-feira (30) e despachará em um gabinete improvisado no próprio hospital.
"A despeito de algumas restrições, ele já se encontrará amanhã em condições. Naturalmente, nós tentaremos evitar que esses despachos se façam de uma maneira rotineira que possa vir a cansá-lo. Afinal, é um homem que superou uma cirurgia de sete horas", explicou Rêgo Barros.
O porta-voz disse que o presidente poderá receber ministros no hospital e explicou a que tipo de fisioterapia ele está sendo submetido. "São os procedimentos normais para uma cirurgia como essa. A fisioterapia motora é uma espécie de bicicleta que ele, na própria cama, começa a se movimentar. Caminhada ainda não. Neste momento, ele se encontra sentado", disse Rêgo Barros, acrescentando que a alimentação com comidas sólidas dependerá da evolução do quadro clínico do presidente.
A previsão de alta de Bolsonaro é de dez dias, mas o prazo será reavaliado nos próximos dias, conforme a evolução do presidente.
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Mais cedo, o capitão da reserva do Exército publicou mensagem em suas redes sociais. "Foram tempos difíceis, consequência de uma tentativa de assassinato que visava destruir não só a mim, mas a esperança de muitos brasileiros num futuro melhor. Agradeço a Deus por estar vivo, aos profissionais que cuidaram de mim até aqui e a todos vocês pelas orações! Estou bem", escreveu.
A cirurgia para reverter a colostomia de Bolsonaro durou cerca de sete horas entre a manhã e a tarde de ontem. Esse foi o terceiro procedimento cirúrgico ao qual o presidente foi submetido desde que foi vítima de facada no abdômen durante ato de sua campanha em Juiz de Fora (MG), em setembro.
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