Investigado por corrupção e lavagem de dinheiro, Beto Richa,, ex-governador do Paraná, é preso hoje (25)
Marcelo Camargo/ABr
Investigado por corrupção e lavagem de dinheiro, Beto Richa,, ex-governador do Paraná, é preso hoje (25)


O ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), foi preso na manhã desta sexta-feira (25) após ser alvo de prisão preventiva. De acordo com a Justiça Federal, o tucano foi detido em sua, em Curitiba, por volta das 7h. 

A prisão do ex-governador foi decretada pelo juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, após um pedido do Ministério Público Federal (MPF). Esta é a segunda vez que  Beto Richa  é detido.

O decreto faz parte da Operação Integração (uma das fases da Lava Jato) que investigou a concessão de rodovias federais no Paraná, que fazem parte do chamado Anel da Integração. Richa é investigado pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Dirceu Pupo Ferreria, contador da ex-primeira dama Fernanda Richa, também foi preso nesta sexta-feira. Os dois foram levados para a Superintendência da Polícia Federal (PF) na capital paranaense.

Segundo o MPF do Paraná, Richa conseguiu pelo menos R$ 2,7 milhões em propinas pagas  pelas concessionárias de pedágio do estado e por outras empresas que mantinham interesses no governo.  Desse total, parte da quantia foi lavada em nome da esposa do tucano e de seus filhos e outra parte com Pupo Ferreira através da compra de imóveis.

Em setembro, a segunda fase da Operação Integração  já havia prendido o irmão do ex-governador, Pepe Richa, que é ex-secretário de Infraestrutura do Paraná, e o empresário Luiz Abi Antoun, primo de Beto Richa.

Alvo de outras investigações, Beto Richa chegou a ser preso no ano passado

Beto Richa e Fernanda Richa foram presos pelo Gaeco em setembro do ano passado, no prédio onde moram, em Curitiba
Tarcisio Silveira/RPC
Beto Richa e Fernanda Richa foram presos pelo Gaeco em setembro do ano passado, no prédio onde moram, em Curitiba


No dia 11 de setembro de 2018, Richa foi detido pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Curitiba. Na época, a esposa dele, Fernanda Richa, também foi presa, ambos no prédio onde moram na capital.

Na data, o tucano era investigado por duas operações: uma realizada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), sobre o programa Patrulha Rural , na qual foi preso, e outra da Polícia Federal (PF), em uma etapa da Lava Jato, em que foi alvo de busca e apreensão.

A Rádio Patrulha investiga irregularidades em contratos para manutenção de estradas rurais dentro do programa Patrulha do Campo. Outras 12 pessoas foram detidas naquele dia. 

Em 14 de setembro, porém, Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu habeas corpus para Beto Richa .  Na época, o tucado concorria ao Senado nas eleições de 2018, e a a corregedoria do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) abriu uma reclamação disciplinar para analisar se a decisão foi uma tentativa de influenciar o calendário político. "Pelo que estava olhando no caso do Richa, é um episódio de 2011. Vejam vocês que fundamentaram a prisão preventiva a uns dias da eleição, alguma coisa que suscita muita dúvida", disse o ministro.


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