Na sua primeira entrevista ao chegar em Davos, Jair Bolsonaro voltou a mostrar otimismo com as negociações futuras do Brasil com outros países do mundo. Questionado sobre o real motivo de sua ida, o presidente destacou o agronegócio e voltou a criticar o “viés ideológico” utilizado por governos anteriores.
Leia também: Bolsonaro embarca hoje para Davos, em sua primeira viagem internacional
Exaltando seus ministros presentes ao Fórum Econômico Mundial em Davos , Bolsonaro garantiu que dará um discurso curto, mas alinhado com a mensagem que quer passar aos outros países.
“Estamos aqui para que o mundo restabeleça confiança em nós. Queremos que os negócios do Brasil voltem a florescer com o mundo, mas sem o viés ideológico. Queremos ampliar o agronegócio. Estamos aqui para mostrar que o Brasil mudou”, disse o presidente.
Acompanham Jair Bolsonaro os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Sérgio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia). Além disso, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, também está na comitiva brasileira.
Leia também: Bolsonaro diz que vai a Davos "apresentar Brasil diferente e livre da corrupção"
Em sua 39ª edição, o Fórum Econômico Mundial reúne a elite política e econômica global para discutir a conjuntura mundial e estimular a cooperação entre governos e o setor privado. Na estreia de Bolsonaro no exterior, o governo pretende vender a empresários e a políticos a imagem de que a economia brasileira está se modernizando, com abertura comercial, segurança jurídica para os investidores externos e reformas estruturais.
O presidente deve discursar na terça-feira (22), num painel sobre a crise na Venezuela, e tem até 45 minutos reservados para falar na sessão plenária do fórum às 11h30 (horário local, 8h30 em Brasília) de quarta-feira (23). Bolsonaro também pode discursar no painel O Futuro do Brasil, marcado para logo depois da sessão plenária.
Perguntado sobre a crise venezuelana, Bolsonaro foi enfático e defendeu a troca de governo.
“Espero que o governo da Venezuela mude rapidamente. Essa crise não vem de agora e quem sofre é o povo venezuelano”, disse.
Não será em Davos que Bolsonaro vai se reunir e conversar pessoalmente com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O líder norte-americano decidiu não comparecer ao evento diante da crise que atravessa o seu país, com a economia bloqueada por decisão do próprio Trump.