O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (10) que não irá participar do Fórum Econômico Mundial, que será realizado na cidade de Davos, na Suíça, entre os dias 22 a 25 de janeiro. Segundo o republicano, o cancelamento da viagem se deve ao shutdown no governo do país, ocorrido por conta de um impasse entre os poderes executivo e legislativo.
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Trump usou sua conta no Twitter para atribuir aos democratas a ausência no fórum. A controvérsia entre governo e parlamento se baseia na insistência do presidente norte-americano na construção do muro na fronteira com o México e na resistência da oposição em rejeitar a medida.
Because of the Democrats intransigence on Border Security and the great importance of Safety for our Nation, I am respectfully cancelling my very important trip to Davos, Switzerland for the World Economic Forum. My warmest regards and apologies to the @WEF !
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 10 de janeiro de 2019
“Por causa da intransigência democrata na segurança de fronteiras e da grande importância da segurança para nossa nação, estou respeitosamente cancelando minha viagem muito importante a Davos , na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial. Meus mais sinceros cumprimentos e desculpas.”
O anúncio é mais uma jogada de Trump em sua batalha com os democratas no Congresso pelo financiamento do projeto do muro de mais de US$ 5 bilhões na fronteira com o México. O governo dos EUA foi parcialmente paralisado em 22 de dezembro e não há indicação de esforços de reabrir as agências fechadas pelo impasse político que foi gerado após a demanda de Donald Trump por fundos para o muro que, segundo o republicano, impediria a entrada de pessoas com drogas no país.
O impasse já resultou na suspensão do financiamento de diversos setores, afetando 800 mil funcionários federais. A paralisação parcial do governo e o congelamento de salários já entrou no 20º dia.
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Em reação ao pronunciamento de Trump , a presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, disse que o preisdente deve deixar de manter o país como "refém" com a paralisação parcial do governo. Nancy Pelosi e o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, enfatizaram que apoiam medidas de segurança mais intensa nas fronteiras, mas não a construção do muro, considerado por eles "caro e ineficaz".
Em Davos, o presidente Jair Bolsonaro fará sua estreia internacional. A previsão é que ele participe do fórum e o vice-presidente, general Hamilton Mourão, assuma como presidente em exercício pela primeira vez. A expectativa da base do governo esperava que Bolsonaro pudesse se encontrar com Trump pela primeira vez em Davos.