Após alguns dias de silêncio e apenas negativas, o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) usou as redes sociais para dar a sua versão sobre a investigação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que identificou movimentações financeiras suspeitas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz. Segundo o órgão, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão através de dinheiro em sua conta bancária. Flávio garante que não cometeu qualquer erro.
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“Não fiz nada de errado, sou o maior interessado em que tudo se esclareça pra ontem, mas não posso me pronunciar sobre algo que não sei o que é, envolvendo meu ex-assessor. A mídia está fazendo uma força descomunal para desconstruir minha reputação e tentar atingir Jair Bolsonaro”, escreveu Flávio Bolsonaro em sua página no Facebook.
O deputado estadual aproveitou para dizer que gostaria que Fabrício Queiroz esclarecesse o caso de uma vez por todas, mas o mesmo já afirmou que só dará sua versão ao Ministério Público.
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“Deve ser esclarecido por ele, que tomou a decisão de não falar com a imprensa e somente falar ao Ministério Público. Isso é ruim pra mim, mas não tenho como obrigá-lo”, continuou o filho de Jair Bolsonaro .
Essa não foi a primeira vez que o filho de Jair Bolsonaro se pronunciou sobre o caso, que vem lhe envolvendo e também à sua família. Na última quinta-feira (6), Flávio também publicou na mesma rede social uma mensagem que dizia que Queiroz trabalhou com ele por anos e que sempre fora de sua confiança.
"Fabricio Queiroz trabalhou comigo por mais de dez anos e sempre foi da minha confiança. Nunca soube de algo que desabonasse sua conduta", escreveu. "Em outubro foi exonerado, a pedido, para tratar de sua passagem para a inatividade. Tenho certeza de que ele dará todos os esclarecimentos", concluiu.
Por meio da Operação Boca de Onça, braço da Lava Jato que investiga a atuação de deputados estaduais do Rio de Janeiro com corrupção, o Coaf suspeitou de duas movimentações bancárias de Fabrício Queiroz: a entrada de R$ 600 mil e a saída dos mesmos R$ 600 mil em um curto período.
No relatório, consta que as movimentações coincidem com as datas de pagamentos dos salários de Flávio Bolsonaro pela Alerj.