O senador eleito Flávio Bolsonaro, filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), ressaltou, neste sábado (8), que continua com a sua consciência tranquila, mesmo após a repercussão a respeito do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou movimentações bancárias de mais de R$ 1,2 milhão, consideradas suspeitas, na conta do seu ex-assessor Fabrício José Carlos de Queiroz.
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"Continuo com minha consciência tranquila, pois nada fiz de errado. Não sou investigado", afirmou Flávio Bolsonaro , em uma publicação feita no Twitter, nesta tarde. "Agora, cabe ao meu ex-assessor prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários ao Ministério Público", continou, encerrando o assunto na rede social.
Continuo com minha consciência tranquila, pois nada fiz de errado. Não sou investigado.
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) 8 de dezembro de 2018
Agora, cabe ao meu ex-assessor prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários ao Ministério Público.
Essa não foi a primeira vez que o filho do presidente eleito se pronunciou sobre o caso, que vem lhe envolvendo e também à sua família. Na última quinta-feira (6), Flávio também publicou na mesma rede social uma mensagem que dizia que Queiroz trabalhou com ele por anos e que sempre fora de sua confiança.
"Fabricio Queiroz trabalhou comigo por mais de dez anos e sempre foi da minha confiança. Nunca soube de algo que desabonasse sua conduta", escreveu o filho de Jair Bolsonaro
. "Em outubro foi exonerado, a pedido, para tratar de sua passagem para a inatividade. Tenho certeza de que ele dará todos os esclarecimentos", concluiu.
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Também hoje, o pai do senador eleito publicou um vídeo em sua rede social, onde esclarece os fatos a respeito do ex-assessor do filho, reafirmando que a sua família nada tem a ver com as movimentações tidas como suspeitas na conta de Queiroz.
Segundo Bolsonaro, o único envolvimento que a sua família tem com o dinheiro movimentado é em decorrência de um pagamento de dívida, que Queiroz havia acumulado com o próprio presidente, e que teria sido paga em parcelas.
Bolsonaro aproveitou para afirmar que seu filho está bastante abatido com a repercussão da notícia, lembrar que Flávio não está envolvido em qualquer investigação e ressaltar ainda que, como o próprio Coaf afirma, "movimentação atípica não é uma afirmação de que ele [Queiroz] seja culpado de alguma coisa".
Segundo a Coaf, uma das movimentações feitas por Queiroz, ex-motorista e ex-assessor de Flávio Bolsonaro , tinha como favorecida a futura primeira-dama, Michele Bolsonaro. Porém, o presidente eleito negou qualquer irregularidade no repasse , afirmando, inclusive, que "ninguém" recebe ou repassa "dinheiro sujo" por meio de cheque nominal.