Renan Calheiros pode dar ao PT o comando do Conselho de Ética do Senado

Segundo jornal, essa seria a manobra do senador alagoano para conquistar apoio do Partido dos Trabalhadores na disputa pela presidência da Casa

Senador Renan Calheiros busca reconquistar o cargo de presidente do Senado; para isso, ele precisa do apoio de bancadas
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado - 7.10.2014
Senador Renan Calheiros busca reconquistar o cargo de presidente do Senado; para isso, ele precisa do apoio de bancadas

Em busca de apoio parlamentar na disputa pela presidência do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL) pode prometer a presidência do Conselho de Ética para o Partido dos Trabalhadores (PT). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

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Segundo a edição do jornal desta terça-feira (11), o partido deve apoiar Renan Calheiros para o comando da Casa e, em troca, comandar o Conselho de Ética – cujo presidente tem o poder de instaurar e arquivar pedidos de investigação contra colegas com apenas uma canetada. 

Atualmente, o conselho é feudo do MDB. Afinal, nos últimos seis anos, ele foi presidido por João Alberto Souza (MDB-MA), senador alinhado a José Sarney. Em fevereiro de 2019, porém, Alberto Souza encerra o seu mandato, o que abre a disputa pelo controle de um dos órgão mais poderosos da Casa. 

Durante a presidência do Conselho, Alberto Souza livrou vários aliados da guilhotina. O mesmo pode acontecer com o partido que tomar posse do seu cargo em 2019. 

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Pelo lado do PT , segundo o jornal, ainda não há um consenso sobre o possível acordo com Renan. Afinal, enquanto uma ala é a favor de presidir o Conselho de Ética , outra avalia que o comando do órgão pode ser um acúmulo de problemas. Essa mesma ala prefere ficar com o comando, por exemplo, da primeira-secretaria do Senado, que supervisiona os recursos da Casa, ou da Comissão de Direitos Humanos.

Neste ano, o Conselho de Ética do Senado está sendo composto por 15 membros. São os senadores Airton Sandoval (PMDB-SP), João Alberto Souza (PMDB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Eduardo Amorim (PSDB-SE), José Pimentel (PT-CE), Acir Gurgacz (PDT-RO), João Capiberibe (PSB-AP), Antônio Carlos Valadares (PSB-CE), Wellington Fagundes (PR-MT) e Pedro Chaves (PSC-MS).

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Há informações ainda de que, se Renan Calheiros vencer a disputa pela presidência do Senado, há chances de Flavio Bolsonaro ser mandado para o Conselho de Ética, quando ele assumir o mandato em fevereiro, se o filho do presidente eleito mantiver críticas a candidatura do alagoano. Porém, Renan não confirma tais informações.