O governador eleito pelo estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), reagiu à prisão do atual governador, Luiz Fernando Pezão (MDB), detido pela PF na manhã desta quinta-feira (29), no Palácio Laranjeiras, sua residência oficial. O futuro governador do Rio disse, em nota, que a transição não será afetada com a detenção do governador em exercício.
Leia também: Pezão é o quarto governador eleito do Rio a ser preso; relembre os demais casos
Segundo Witzel, o esforço de sua equipe será para reconstruir o estado e, assim, confia nas ações da Polícia Federal. "A transição não será afetada. A equipe do governador eleito seguirá trabalhando para mudar e reconstruir o Rio de Janeiro", diz a nota, acrescentando que o futuro governador do Rio “confia na Justiça e na condução dos trabalhos pelo Superior Tribunal de Justiça e pela Polícia Federal”.
De acordo com as informações cedidas por nota da Procuradoria-Geral da República, que pediu a prisão de Pezão hoje, as ações desta quinta foram movidas por decisão do ministro Félix Fisher, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Leia também: Preso no Rio, Pezão tinha esquema próprio de corrupção em curso, diz PGR
Em 2017, Fisher foi o relator do processo que desencadeou a Operação Quinta do Ouro, da Polícia Federal, que levou à prisão provisória cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Eles foram acusados de receber propina para fazer vistas grossas em obras e contratos de empreiteiras com o governo estadual.
Os cinco dos sete conselheiros do TCE-RJ foram alvos da operação da Polícia Federal, que investiga um esquema de propina que pode ter desviado até 20% de contratos com órgãos públicos para autoridades públicas.
Leia também: Sérgio Cabral é condenado pela sexta vez na Lava Jato e penas já somam 170 anos
Essa é a primeira vez que o governador em exercício do estado do Rio de Janeiro é preso. Porém, com a detenção de hoje, Pezão se torna o quarto governador eleito no Rio a ser preso. Antes dele, foram presos Sérgio Cabral, Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho. Todos, porém, já haviam deixado o cargo de governador do Rio , quando foram detidos. Witzel, portanto, é exceção. Ele assume o governo do estado no dia 1º de janeiro de 2019.
* Com informações da Agência Brasil.