Governador eleito por São Paulo, João Doria continua montando a sua equipe para o próximo governo. Nesta quinta-feira (29), o tucano anunciou Ruy Ferraz Pontes como futuro delegado-geral da Polícia Civil. Ele é conhecido como especialista no combate ao PCC, uma das promessas de campanha do então candidato do PSDB.
Ruy Ferraz Pontes foi delegado do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) da Polícia Civil e colaborou nos estudos e dados para a CPI do Tráfico de Armas. Desta forma, se tornou um verdadeiro especialista na luta contra facções criminosas, sobretudo o PCC (Primeiro Comando da Capital), nascido em São Paulo.
Com o novo delegado-geral da Polícia Civil, Doria deve cumprir a promessa e transferir a cúpula do PCC para presídios federais espalhados pelo País. O pedido, que já foi feito pela promotoria e aceito pela Justiça , teve discordância de Márcio França (PSB), atual governador do Estado.
Segundo a promotoria, líderes do PCC comandam tráfico de drogas e armas de dentro do presídio de Presidente Venceslau, interior de São Paulo. Entre os sete membros apontados, dois são considerados do primeiro escalão da facção PCC: Cláudio Barbará da Silva, o Barbará e Célio Marcelo da Silva, mais conhecido como Bin Laden.
De acordo com a investigação, os membros do PCC utilizavam celulares para se comunicarem com criminosos que estão em outras penitenciárias do país ou soltos no estado de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Atualmente até o principal líder do PCC, Marcos Willians Camacho, o Marcola, está preso na penitenciária de Presidente Venceslau, que é estadual. Com Ruy Ferraz Pontes como delegado-geral da Polícia Civil, a transferência para outro Estado deve acontecer.
Tema de grande preocupação da população paulista, a Segurança Pública esteve com destaque no plano de campanha de João Doria. Para comandar a pasta, o governador eleito colocou um militar , o general da reserva João Camilo Pires de Campos, que chegou trabalhar no plano de segurança do ex-governador Geraldo Alckmin.
A preocupação com o PCC não está apenas no tráfico de drogas e homicídios de agentes federais. Nos últimos anos, a facção cresceu dentro de presídios e seus principais líderes, mesmo presos, continuara dando ordens para aliados em liberdade.