Sete membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), uma das mais perigosas do País, deixarão o presídio 2 de Presidente Venceslau, no interior do estado de São Paulo, para penitenciárias federais. A ordem, que precisa ser cumprida imediatamente, partiu de uma decisão do juiz Paulo Sorci, da 5ª Vara das Execuções Criminais de São Paulo.
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Entre os sete membros, dois são considerados do primeiro escalão da facção PCC : Cláudio Barbará da Silva, o Barbará e Célio Marcelo da Silva, mais conhecido como Bin Laden.
Os outros membros denunciados são José de Arimateia Pereira Carvalho, o Pequeno; Cristiano Dias Gangi, o Crisão; Reginaldo do Nascimento, o Jatobá; Almir Rodrigues Ferreira, o Nenê do Simione; e Rogério Araújo Taschini, o Rogerinho.
"Determino as providências necessárias para a inclusão e transferência do detento para estabelecimento penal federal de segurança máxima, pelo prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias, no interesse do sistema penitenciário e da segurança pública do Estado de São Paulo, ambos comprometidos com a presença do condenado", diz o mandado do juiz Paulo Sorci.
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Segundo a denúncia da Justiça de São Paulo, os membros coordenavam, de dentro da prisão de Presidente Venceslau, mandatos de homicídio de agentes públicos, bem como tráfico de drogas e armas em diversos estados do País. Eles foram flagrados na Operação Ochelon, deflagrada por promotores de São Paulo.
A Operação Ochelon (do grego escalão) surgiu de uma investigação da Polícia Civil com o Ministério Público, que indentificou cerca de 75 membros do PCC envolvidos com o tráfico de drogas em fronteiras mesmo já detidos no presídio de Presidente Venceslau.
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De acordo com a investigação, os membros do PCC utilizavam celulares para se comunicarem com criminosos que estão em outras penitenciárias do país ou soltos no estado de São Paulo e Mato Grosso do Sul.