Deputada estadual eleita com mais votos na história do Brasil, Janaina Paschoal segue fazendo as articulações para se candidatar à presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo. Autora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, a advogada acredita que tem legitimidade para assumir o cargo por ter sido a grande vencedora das eleições.
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Janaina Paschoal recebeu 2.060.786 votos nas eleições de 2018, ficando no primeiro lugar. A então candidata do PSL, mesmo partido de Jair Bolsonaro, teve mais de quatro vezes mais votos do que o segundo colocado, Arthur Mamãe Falei (DEM), que recebeu 478.280 votos.
Por meio de seu twitter, a advogada confirmou reuniões com deputados eleitos, inclusive com parlamentares que participam da atual legislatura da Alesp .
“Para a próxima legislatura, eu estou propondo aos colegas fazer uma eleição de verdade. Tenho convidado partidos e parlamentares a concorrerem à 1a. e à 2a. Secretarias, sem, necessariamente, respeitar esse tradicional triunvirato”, escreveu Janaina Paschoal.
Em sua “campanha” à p residência da Alesp, a advogada promete enxugar a máquina, sem que as decisões sejam resolvidas em colégios de líderes. Ela também defende que o povo participe do debate no Plenário, junto aos deputados eleitos.
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“Eu não nasci deputada, nem nasci presidente da Alesp. Para mim, seria muito mais cômodo ficar na minha casa, mas acho que para São Paulo, eu sou a melhor opção. Por isso (e apenas por isso) estou me metendo nesse vespeiro”, argumentou.
Janaina Paschoal se aproxima de deputados eleitos pelo Novo
Também por meio de seu twitter pessoal, Janaina Paschoal confirmou que se reuniu com três dos quatro deputados estaduais eleitos pelo partido Novo.
“Eu disse a eles que, se ganhar, penso ser possível enxugar aquela estrutura gigantesca e tornar seus quadros mais técnicos. É necessário unir a Alesp às demais Assembleias Legislativas, com o fim de irmos a Brasília, pedir para terem andamento os projetos. Meu convite ao Novo foi para unir forças contra esse grupo que é muito forte. O Novo poderia, por exemplo, concorrer à 1a. Secretaria (ou à 2a.). Os colegas ficaram de pensar”, esclareceu.
Ao criticar João Amoedo, candidato derrotado do Novo nas eleições presidenciais, Janaina Paschoal teria causado certo desconforto. Na opinião da deputada estadual eleita, o presidente do partido não aceitou trabalhar junto e por isso perdeu.
“Meu intuito foi um só: chamar para trabalhar junto. Eles são livres para aceitar, ou não. Eles ficaram meio incomodados com meu jeito. Eu me esforço para ser mais política, mas não sou”, se defendeu.
É tradição na Alesp que o partido com mais deputados fique com a presidência da Casa. Neste caso, o nome de Janaina Paschoal ganha força, já que o PSL elegeu 15 parlamentares. O PSDB, segundo partido com mais eleitos, terá dez representantes. Há uma movimentação, porém, para que um tucano siga no comando da Assembleia, oferecendo assim uma cadeira de 1º secretário ao partido de Jair Bolsonaro. Cauê Macris (PSDB) é o presidente até fevereiro de 2019.