Agentes da Polícia Federal deflagraram, nas primeiras horas desta quinta-feira (8), uma operação relacionada à investigação de uma suposta propina paga pela Odebrecht ao senador Romero Jucá (MDB-RR). De acordo com a apuração da PF, o pagamento teria sido feito em 2012, em troca da aprovação de uma resolução no Senado para o setor de portos – a chamada guerra fiscal nos portos brasileiros.
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Segundo a PF, no entanto, Romero Jucá não é alvo direto dessa operação. Isso porque, ao todo, são cumpridos nove mandados de busca e apreensão, todos no estado de São Paulo, como parte das investigações sobre o senador, mas ele não é diretamente abordado pelos agentes da PF hoje.
Os alvos desta quinta-feira, que estão com os seus nomes mantidos sob sigilo, são pessoas que teriam se beneficiado da resolução aprovada no Senado. De acordo com a PF, o senador teria recebido ilegalmente, na ocasião, R$ 4 milhões da Odebrecht .
As medidas tomadas pela Polícia Federal nesta quinta-feira foram previamente autorizadas pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito 4382-STF. Apelidada de Operação Armistício , a ação tem sete mandados cumpridos na cidade de São Paulo; um em Santos; e um em Campo Limpo Paulista.
Logo após o resultado das eleições deste ano serem divulgados, Jucá atribuiu a sua derrota nas urnas à Lava Jato e à crise humanitária que atingiu Roraima. Ao falar sobre o resultado do primeiro turno, o parlamentar lembrou que não conseguiu se reeleger por uma diferença de apenas 426 votos, ficando em terceiro lugar, atrás de Chico Rodrigues (DEM) e Mecias de Jesus (PRB), que foram eleitos.
Formado em economia, Jucá disse que agora "vai trabalhar" para "viver de salário" porque "não é rico". Ele vai voltar a atuar em sua área a partir de fevereiro de 2019, quando acaba o mandato.
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Procurada, a assessoria de Romero Jucá não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre a operação de hoje, assim como a assessoria da Odebrechet.
* Com informações da Agência Brasil.