Futuro ministro da Defesa diz que é necessário "desratizar" a máquina pública

General Augusto Heleno afirmou que o PT aparelhou a máquina pública com seus quadros e que é preciso fazer uma "dedetização". Veja a declaração

General Augusto Heleno, futuro ministro da Defesa do governo Bolsonaro, declarou que é preciso 'desratizar' a máquina pública que foi aparelhada pelo PT
Foto: Agência Brasil
General Augusto Heleno, futuro ministro da Defesa do governo Bolsonaro, declarou que é preciso 'desratizar' a máquina pública que foi aparelhada pelo PT

O futuro ministro da Defesa, general Augusto Heleno, afirmou que o futuro governo Bolsonaro terá que "desratizar" a máquina pública que, segundo ele, ainda conta com várias áreas de administração que estão aparelhadas por pessoas indicadas pelo PT e que, portanto, demandariam uma "dedetização".

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Em entrevista à jornalista Julia Dualibi do G1 em que afirmou com ironia ser necessário "desratizar" a máquina pública , o general também disse que a gestão "catastrófica do PT influiu muito negativamente" no governo e que "em alguns casos, vamos ter que chamar a dedetização".

O futuro ministro da Defesa de Bolsonaro disse também que alguns dados que a equipe do presidente eleito dispõe ainda não são confiáveis e que, portanto, os futuros integrantes do governo como ele podem ter surpresas ao tomarem pé da situação em suas pastas, a partir da transição que já começou e teve, nesta segunda-feira (5), um passo importante com a nomeação do deputado Onyx Lorenzoni, futuro ministro da Casa Civil, como ministro extraordinário de transição do governo Temer .

O general Augusto Heleno , no entanto, disse que "podem até ser surpresas positivas", ponderou.

Para dar prosseguimento ao processo de transição, Jair Bolsonaro (PSL) viaja amanhã (6), terça-feira, para Brasília. Lá o presidente eleito vai se encontrar com o presidente Michel Temer e com representantes dos poderes judiciário e legislativos, inclusive os colegas de Câmara dos Deputados dos quais Bolsonaro disse estar "com saudades".

Na prática, entre as reuniões oficias, o presidente eleito deve aproveitar os "horários livres" na sua primeira viagem para fora do Rio de Janeiro desde que deixou o Hospital Israelita Albert Einstein e foi para sua casa na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital carioca, para finalizar sua recuperação após o atentado a faca que sofreu ainda durante a campanha no primeiro turno.

Em relação à transição específica do ministério da Defesa, Augusto Heleno espera que o processo seja mais simples do que os ministérios que passarão por uma unificação como é o caso dos Transportes, Aviação Civil e Portos, que devem se tornar o Ministério da Infraestrutura, e da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio Exterior, que se tornarão o Ministério da Economia, justamente porque demandam uma nova estrutura organizacional.

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Na mesma entrevista em que falou sobre a necessidade de "destatizar" a máquina pública, o general também foi perguntado sobre a previdência dos militares, assunto que será discutido durante os debates da reforma da Previdência e que já deixa a equipe de transição e do futuro governo Bolsonaro preocupada. Sobre isso, Heleno disse que atuará como "mediador" e que "já existem edutos. Não tem como haver homogeneidade com carreiras que são tão diferentes. Temos de tratar de maneira diferente questões que são diferentes", finalizou.