O candidato Jair Bolsonaro (PSL) pretende fazer mudanças no projeto de reforma da Previdência defendido pelo presidente Michel Temer (MDB), caso seja eleito. A assessoria do candidato tem dez propostas à disposição e está dividida entre apresentar um novo pacote, que mude algumas regras do sistema atual, ou uma mudança mais profunda, que seria encaminhada no começo de um eventual governo. As informações são do jornal O Estado de São Paulo .
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O economista Paulo Guedes, apontado por Bolsonaro como futuro ministro da Fazenda, defende encaminhar propostas de mudanças na reforma da Previdência , e não seguir com a proposta de Michel Temer, que tramita hoje no Congresso e, em sua avaliação, traria impacto pequeno nas contas públicas.
Ainda está em debate como será a reforma pretendida pelo grupo, mas os objetivos principais são três: o de assistência social, capitalização e repartição em um formato ajustado, ou seja, com novos requisitos para acessar o benefício.
A equipe de Bolsonaro está dividida entre dois caminhos: apresentar um novo pacote no início do ano com alterações nas regras do sistema atual, como idade e tempo de contribuição, ou fazer uma mudança mais profunda na previdência, com a adoção do sistema de capitalização. A palavra final, caso Bolsonaro venças as eleições, será dada pelo candidato juntamente com Guedes e seus assessores políticos.
A ideia da capitalização é que cada trabalhador guarde dinheiro para sua própria aposentadoria no futuro. O dinheiro também pode ser vindo da empresa que a pessoa trabalha ou do próprio trabalhador. Os autores da proposta são Abraham e Arthur Weintraub.
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Guedes já se manifestou a favor do sistema de capitalização diversas vezes, o grupo debate se não valeria a pena apresentar primeiro um ajuste no modelo atual, para acalmar o mercado e “ganhar tempo”. Se isso acontecer, a proposta de uma reforma mais profunda só seria enviada no ano seguinte.
O grupo de Guedes ainda discute qual seria o período de transição e como seria estruturado o sistema de contas individuais. Entre outras propostas para mudanças na Reforma da Previdência , está a de um sistema híbrido entre o modelo atual de repartição (em que as contribuições atuais bancam os benefícios de quem já é aposentado).
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