Depois de ser citado nominalmente em um discurso feito por Jair Bolsonaro (PSL) no último domingo (21), o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) pediu à Polícia Federal (PF) que fosse montado um esquema de segurança reforçado a seu favor. No entanto, enquanto Lindbergh pede proteção à PF, os apoiadores de Bolsonaro criticam o que chamam de 'alarde'.
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As informações são do jornal Folha de S. Paulo
. Segundo a publicação, o senador afirmou que o referido discurso de Bolsonaro autorizava a violência contra quem se posicionava diferente dele – o que inclui qualquer petista. Lindbergh pede proteção à PF com base no que chama de "discurso de um candidato ditador".
"Foi o discurso de um candidato a ditador. A ideia central foi de eliminação do adversário. É um discurso que autoriza a violência. Me preocupo porque no Rio todos os grupos milicianos apoiam Bolsonaro", afirmou Lindbergh .
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Toda a apreensão do senador gira em torno do discurso do candidato do PSL à Presidência da República, que foi exibido em um ato na Avenida Paulista, no último domingo. Em sua fala, Bolsonaro citou o senador ao falar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde o dia 7 de abril, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Ao falar de Lula, Bolsonaro disse que "brevemente você [Lula] terá Lindbergh Farias para jogar dominó no xadrez". Depois, falou ainda que "esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria", uma vez que ele fará "uma limpeza nunca vista na história", com a polícia fazendo "a lei valer no lombo" dessas pessoas.
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Após ser divulgado pela publicação da Folha de S.Paulo que Lindbergh pede proteção à PF , a hashtag #AtentadoFakedoPT apareceu nos Trending Topics (TTs) do Twitter, como um dos termos mais falados na rede social. A hashtag aparece em publicações que sugerem que o PT estaria se preparando para simular um atentado contra um dos seus membros, a fim de, posteriormente, culpar Bolsonaro ou seus seguidores, pelo ato.