O atual ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações de Michel Temer (MDB), Gilberto Kassab, procurou a equipe de campanha nesta terça-feira (16) para comunicar o apoio do PSD a Bolsonaro (PSL) no segundo turno das eleições presidenciais. Kassab afirmou que não poderia apoiar Fernando Haddad (PT) por "questões locais" e disse ainda que "o PT não está maduro para voltar ao poder".
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No primeiro turno, o PSD apoiou Geraldo Alckmin (PSDB), mas algumas lideranças do partido, como em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, já haviam declarado apoio ao candidato do PSL. Kassab explicou a seus aliados que o apoio do PSD a Bolsonaro não tem nada a ver com a perspectiva de poder do candidato, que está 18 pontos a frente de seu adversário, de acordo com a última pesquisa do Ibope .
Na última quarta-feira (10), a sigla havia divulgado nota na qual informou que não apoiaria nem Haddad, nem Bolsonaro no segundo turno. "O partido realizou consultas internas para definição de seu posicionamento no segundo turno das eleições e, considerando os diferentes cenários locais, decidiu adotar postura de neutralidade, liberando seus filiados para declarar apoio individualmente", afirmou o PSD.
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Na semana passada, Kassab procurou Paulo Guedes, economista da campanha de Bolsonaro, para perguntar quem era o melhor da campanha para comunicar a decisão. Guedes indicou Onyx Lorenzoni, deputado pelo DEM e provável ministro da Casa Civil, caso o candidato seja eleito.
Guedes já havia afirmado, em setembro, que o partido havia prometido apoio a Bolsonaro caso ele fosse ao segundo turno. Mesmo assim, Kassab declarou que confiava que Alckmin chegaria a segunda etapa.
Na última terça feira (9), em um jantar, Kassab explicou a Onyx que só não poderia anunciar formalmente que o apoio do PSD a Bolsonaro porque os diretórios do partido na da Bahia e em Sergipe apoiavam o PT. Mas, na prática, o partido fará campanha para Bolsonaro no segundo turno.
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