MDB declara neutralidade no 2º turno e aumenta lista de partidos "imparciais"

Partido do atual presidente Michel Temer decide não apoiar nem Fernando Haddad (PT), nem Jair Bolsonaro (PSL) no 2º turno das eleições. Confira

Senador Romero Jucá comunicou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (11) em Brasília que MDB também vai optar pela neutralidade no 2º turno da eleição presidencial entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT)
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Senador Romero Jucá comunicou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (11) em Brasília que MDB também vai optar pela neutralidade no 2º turno da eleição presidencial entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT)

O presidente do MDB, senador Romero Jucá (RR), anunciou nesta quinta-fera (10) que o partido também decidiu não apoiar nem o candidato do PT, Fernando Haddad, nem o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, e optar pela neutralidade no 2º turno das eleições presidenciais de 2018.

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A decisão comunicada durante uma entrevista coletiva para a imprensa em um hotel em Brasília foi tomada após reunião da comitiva do partido na capital federal e consulta às bancadas da Câmara, do Senado e ao próprio presidente Michel Temer. Dessa forma, o MDB é mais um a aumentar a lista de partidos que optaram pela neutralidade no 2º turno : já são 14 até o momento.

Após lançar a candidatura do ex-ministro Henrique Meirelles à Presidência e obter apenas 1,20% dos votos válidos, terminando na sétima colocação da disputa presidencial, o apoio do MDB não era muito cobiçado por nenhuma das duas candidaturas que conquistaram espaço no 2º turno, em grande parte por conta da impopularidade e da alta taxa de rejeição do atual presidente Michel Temer.

No entanto, algumas lideranças do partido como o atual governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, que disputa a reeleição no seu estado, e o candidato derrotado ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, defendiam formalmente um apoio do MDB à candidatura de Bolsonaro. Do outro lado, porém, o senador e o governador reeleitos por Alagoas, Renan Calheiros e Renan Filho, defendiam o apoio formal à candidatura de Haddad e inclusive contavam com o apoio do PT em suas coligações regionais.

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De qualquer forma, com a posição de neutralidade do diretório nacional, o MDB deverá liberar suas lideranças regionais para apoiarem quem quiserem nos seus respectivos estados. O senador Romero Jucá disse que “conversei com a maioria do partido, a bancada federal da Câmara também foi consultada, e nós estamos tomando uma posição de neutralidade. Nós não vamos apoiar nenhum dos dois candidatos. Estamos liberando os membros do MDB para votarem de acordo com a sua consciência”, afirmou.

Pouco popular e muito rejeitado, o presidente Michel Temer chegou a ser consultado, mas como admitiu o próprio Jucá, teve pouca voz na tomada de decisão e apenas aceitou a definição do partido. “Eu conversei com a maioria do partido, com a maioria da executiva e conversei com o presidente Michel Temer. Ele aprovou a posição do partido. Não é uma decisão do presidente Temer, é uma decisão do partido”, disse.

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Dessa forma, a lista de partidos que declararam neutralidade no 2º turno já chega a 14 partidos, sendo eles: Novo, PP, PSDB, PRB, Democracia Cristã, PPS, PR, Democratas, Podemos, Solidariedade, PSD, Rede, Patriotas e agora o MDB. Enquanto isso, dois partidos declaram apoio formal à Bolsonaro: o PTB e o PSC; além de cinco partidos que declararam apoio à Haddad: PSOL, PSB, PPL, PDT e PSTU.