O senador Romero Jucá (MDB-RR) atribuiu a Operação Lava Jato e a crise humanitária que atingiu Roraima, devido ao fluxo migratório de venezuelanos na região, a sua derrota nas urnas, no último domingo (7). Ao falar sobre o resultado do primeiro turno, nesta quinta-feira (11), o parlamentar lembrou que não conesuguiu se reeleger por uma diferença de apenas 426 votos, ficando em terceiro lugar, atrás de Chico Rodrigues (DEM) e Mecias de Jesus (PRB), que foram eleitos.
"Eu não estarei na linha de frente porque não estarei no Senado, pela primeira vez. Perdi por 426 votos, numa eleição dura, maculada pela invasão dos venezuelanos, pelo corte de energia da Venezuela permanentemente durante a campanha. Então, foi uma campanha com uma conjuntura muito difícil, além dos ataques que sofri durante dois anos pela Lava Jato", disse Romero Jucá .
Para o senador, o Ministério Público e a imprensa teriam atuado contra a classe política e promoveram uma espécie de "linchamento". "Tivemos conjuntura contra a política. O que o Ministério Público com o (Rodrigo) Janot fizeram com os outros órgãos foi uma condenação da política, de véspera. Foi um linchamento sem julgamento. Eu eventualmente fui atingido por isso, mas não foi o determinante para a eleição em Roraima”.
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Segundo Jucá, o motivo determinante que o fez não se reeleger “foi a conjuntura grave que o Estado está passando e, portanto, essa situação de mau humor que estava a população toda do Estado".
Formado em economia, Jucá disse que agora "vai trabalhar" para "viver de salário" porque "não é rico". Ele vai voltar a atuar em sua área a partir de fevereiro de 2019, quando acaba o mandato .
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"Eu vou trabalhar. Eu vivo de salário. Eu, diferente do que disseram na imprensa, eu não sou uma pessoa rica, pelo contrário. Então, eu preciso ganhar a minha vida, a partir de fevereiro eu vou trabalhar. Ser líder é uma função. Eu sou economista, conheço a política muito bem do Brasil, portanto vou trabalhar nessa área. Não tem ainda nenhuma perspectiva porque eu sou senador até 31 de janeiro. Até 31 de janeiro, eu vou exercer minha função na plenitude", concluiu Romero Jucá .