A Rede Sustentabilidade divulgou, em um comunicado feito na manhã desta quinta-feira (11), no site e nas redes sociais da legenda, que o partido recomenda aos filiados que se decidam sobre o apoio no segundo turno das eleições "de acordo com a sua consciência", mas recomendou que não votem em Jair Bolsonaro (PSL). O partido afirmou que também não apoia Fernando Haddad (PT), e que será oposição ao governo de qualquer um dos candidatos.
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"A Rede declara que não tem ilusões quanto às práticas condenáveis do PT, dentro e fora do governo. No entanto, frente às ameaças imediatas e urgentes à democracia, aos grupos vulneráveis, aos direitos humanos e ao meio ambiente, recomenda que seus filiados e simpatizantes não destinem nenhum voto ao candidato Jair Bolsonaro e, isso posto, escolham de acordo com sua consciência votar da forma que considerem melhor para o país", diz o comunicado da Rede.
O partido considerou os projetos de governo de ambos os candidatos como "prejudiciais ao País, autoritários e retrógrados". A legenda também declarou que é impossível não associar as denúncias de corrupção e a Operação Lava Jato aos governos do PT, mas ignorar a candidatura de Bolsonaro também pode levar a um "retrocesso brutal e inadmissível".
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A sigla declarou três pontos nos quais discorda de Bolsonaro:
1. "Promete desmontar inteiramente a estrutura de proteção ambiental existente no país, conquistada ao longo de décadas, por gerações de ambientalistas. Chega ao absurdo de anunciar a incorporação do Ministério do Meio Ambiente ao Ministério da Agricultura. Com isso, atenta contra o interesse da sociedade brasileira e destrói pilares fundamentais para o futuro do país. Além disso, ataca os direitos das comunidades indígenas e quilombolas, anunciando que não será demarcado mais um centímetro de suas terras."
2. "É um projeto que despreza direitos humanos e a diversidade existente na sociedade, promovendo a incitação sistemática ao ódio, à violência e à discriminação."
3. "É um projeto que ameaça a democracia e põe em cheque as conquistas históricas desde a Constituinte de 1988."
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Em seu discurso após a derrota no primeiro turno, antes deste comunicado da Rede , Marina Silva, candidata pelo partido, disse que, independente de quem saia vencedor no dia 28, o partido fará oposição democrática. No começo da campanha, a candidata aparecia em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto. No final, acabou em oitavo lugar, com pouco mais de 1 milhão de votos.
* Com informações da Agência Brasil.