Eleitores enfrentam problemas para votar, e presidente do STF evita 'furar fila'

Mesmo podendo passar na frente por conta do cargo, o ministro Dias Toffoli permaneceu por uma hora na espera até conseguir registrar seus votos

Eleitores enfrentaram filas para registrar votos principalmente nos locais onde há biometria, mas não deixaram de votar
Foto: Reprodução/Globo
Eleitores enfrentaram filas para registrar votos principalmente nos locais onde há biometria, mas não deixaram de votar

Eleitores de todo o Brasil vão às urnas  neste domingo (7) para eleger presidente, 27 governadores e 54 senadores, além de deputados federais e estaduais. Porém, muitos enfrentaram dificuldades para registrar os votos – alguns inclusive afirmaram que a vontade era até de ir embora e apenas justificar posteriormente.

Longas filas de eleitores puderam ser vistas em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, mas principalmente em locais onde já há o uso da biometria. Apenas nas primeiras horas de votação também, 310 urnas foram trocadas, o que pode gerar atrasos na votação.

A diretora-geral do TRE-RJ, Adriana Brandão, também acredita que o fato de muitas pessoas terem escolhido votar pela manhã, e não de tarde, quando há previsão de chuva, piorou ainda mais a situação. "Além deste fato, é bom lembrar que são seis candidatos para diferentes cargos e que quem estiver votando biometricamente tem direito a quatro tentativas."

Como outros eleitores, Toffoli ficou na fila

Foto: Conselho Nacional de Justiça – CNJ 13.09.2018
Apesar de poder passar na frente, o presidente do STF, Dias Toffoli, decidiu ficar na fila assim como os outros eleitores

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli votou no final da manhã deste domingo. Por conta do cargo, ele tem prioridade e pode “furar a fila”, mas o ministro dispensou o privilégio e aguardou sua vez como todos os outros eleitores de sua seção, considerada pelos próprios como uma das mais cheias do local.

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Dias Toffoli aguardou por quase uma hora na fila até conseguir registrar seus votos. Depois disso, destacou que hoje é um dia em que todos os brasileiros são iguais. “O voto de cada um vale o mesmo”, afirmou.

O ministro ressaltou o número de idosos que não são mais obrigados a votar e pessoas com dificuldade de locomoção que passaram nas seções vizinhas. Segundo ele, esses votos simbolizam a vontade da população pela democracia.

Lembrando a pesquisa que apontou que a maior parte dos eleitores defende a democracia , o ministro desejou um bom dia de votação aos brasileiros e apostou em um “grande sucesso” ao final do dia “no sentido de mais uma vez a democracia se afirmar e reafirmar.”