![Eduardo Cunha está preso desde outubro de 2016, meses após conduzir processo do impeachment contra Dilma Rousseff Eduardo Cunha está preso desde outubro de 2016, meses após conduzir processo do impeachment contra Dilma Rousseff](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/b6/mg/hg/b6mghgw7rfjlss1703vx0842l.jpg)
A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) defendendo a rejeição de pedido de liberdade apresentado pela defesa do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha
(MDB).
Esse processo está sob os cuidados do ministro Edson Fachin e contesta a rejeição de recurso idêntico levado antes ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os advogados de Eduardo Cunha alegam que não há fundamentos que justifiquem a prisão preventiva decretada no âmbito da Operação Sépsis e que seria possível a substituição da prisão por outras medidas cautelares.
Principal algoz da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) durante o processo de impeachment, Cunha está preso desde outubro de 2016 por determinação do juiz Sérgio Moro, da Lava Jato. O ex-deputado posteriormente foi alvo desse novo decreto de prisão preventiva, proferido pela Justiça Federal no DF, baseado nas investigações sobre esquema na Caixa Econômica Federal
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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou na manifestação enviada nessa terça-feira (18) a Fachin que "não há, sob qualquer aspecto," ilegalidade no decreto de prisão preventiva de Cunha. Dodge defende que a prisão do ex-parlamentar é "necessária como garantia das ordens pública e econômica, bem como para assegurar a aplicação da lei penal e por conveniência da instrução processual".
A chefe do Ministério Público Federal (MPF) cita que o ex-deputado teve liderança no esquema em torno de fundos de investimentos controlados pela Caixa e diz que "há provas de seu envolvimento não em crimes isolados, mas na prática de crimes em série contra a administração pública".
"Imaginar que uma vida criminosa, como a do paciente, será interrompida por mágica é algo muito pueril. Não é isso que a realidade demonstra. Pelo contrário, apenas a amarga, mas concretamente necessária, medida cautelar de prisão preventiva terá o condão de preservar a ordem pública, impedindo que o paciente, em liberdade, retome sua bem sucedida carreira criminosa", diz a chefe da PGR
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Prisão é "única forma" de impedir Eduardo Cunha de cometer crimes, diz Dodge
![Na Operação Sépsis, Eduardo Cunha foi condenado a cumprir 24 anos e 10 meses de prisão por esquema no FI-FGTS Na Operação Sépsis, Eduardo Cunha foi condenado a cumprir 24 anos e 10 meses de prisão por esquema no FI-FGTS](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/79/fr/31/79fr31qd9optprqo07hn3luwy.jpg)
Dodge acrescenta ainda que o ex-presidente da Câmara dos Deputados se envolveu "de forma habitual e profissional" com práticas criminosas contra a administração pública e de lavagem de dinheiro – inclusive após ter sido preso, em outubro de 2016. Segundo a procuradora-geral, a prisão é a "única forma" de interromper os crimes de Cunha.
"A posição proeminente em sofisticada organização criminosa, a circunstância de Eduardo Cunha ter se valido de um dos mais destacados cargos públicos da República para praticar ilícitos de forma habitual e profissionalizada, a gravidade em concreto dos crimes por
ele praticados, assim como a evidente contemporaneidade dos crimes - tudo comprovado
nos autos, e não fruto de mera especulação ou afirmações genéricas – indica que a única
forma de sobrestar as atividades ilícitas incorridas pelo paciente é mediante a sua custódia
cautelar", escreveu Raquel Dodge
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Preso no Complexo Médico-Penal, em Pinhais (PR), Eduardo Cunha foi condenado na Lava Jato a 14 anos e 6 meses de prisão por crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas devido ao envio de recursos para contas não declaradas na Suíça. Já na Operação Sépsis, o ex-parlamentar foi sentenciado a cumprir 24 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em esquema acerca da liberação de recursos do fundo de investimentos do FGTS (FI-FGTS).