A Polícia Federal informou nesta segunda-feira (10) que está analisando as movimentações financeiras de Adelio Bispo de Oliveira, autor do ataque a faca realizado na semana passada
contra o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora. De acordo com a PF, essa diligência tem como objetivo descobrir se o agressor de Bolsonaro contou com ajuda de outras pessoas.
A Justiça já havia autorizado, ainda durante o feriado, a quebra do sigilo telefônico do agressor de Bolsonaro . "Por meio do inquérito, a PF visa identificar todas as possíveis conexões e motivações do crime, além de esclarecer, em toda a sua extensão, as demais circunstâncias vinculadas ao fato criminoso. Para tal, são realizadas diversas diligências policiais como a coleta de depoimentos, a análise de dados financeiros e de outros dados existentes em imagens, mídias, computadores, telefones e documentos apreendidos", diz nota divulgada pela PF .
Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na pensão onde Adelio estava hospedado em Juiz de Fora, foram apreendidos seis celulares, um computador notebook e passagens. Os investigadores apuram se os destinos desses tíquetes coincidem com o roteiro da campanha de Bolsonaro.
Nesse domingo (9), um dos quatro advogados que defendem o agressor na Justiça disse que seus serviços foram contratados por uma pessoa que conhece Adelio por meio de práticas religiosas. O defensor negou boatos de que grupos políticos estariam apoiando Adelio financeiramente.
Agressor de Bolsonaro garante que não recebeu ajuda
Jair Bolsonaro foi esfaqueado por Adelio Bispo de Oliveira durante ato de sua campanha na região central de Juiz de Fora, no último dia 6. O candidato está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Já o agressor foi preso em flagrante e hoje está em isolamento em presídio federal de Campo Grande (MS) por determinação da Justiça.
O agressor de Bolsonaro disse que agiu por razões religiosas e negou ter recebido ajuda para efetuar o ataque ao candidato. A Polícia Federal, no entanto, ainda investiga possível envolvimento de outras duas pessoas no atentado. Adelio Bispo de Oliveira foi indiciado por prática de "atentado pessoal por inconformismo político" com base em artigo 20 da Lei de Segurança Nacional.