Campanha de Bolsonaro usa montagem de camiseta com sangue

Peça de roupa usada no momento do ataque ao presidenciável aparece em vídeo que convoca apoiadores para um ato pela vida de Bolsonaro; assista

Camiseta usada por Jair Bolsonaro vira montagem para representar facada recebida pelo presidenciável
Foto: Reprodução/Twitter
Camiseta usada por Jair Bolsonaro vira montagem para representar facada recebida pelo presidenciável

ataque a faca sofrido pelo candidato à Presidência Jair Bolsonaro na última quinta-feira (6) se tornou um símbolo usado em sua campanha eleitoral. Em um vídeo publicado neste sábado (8) nas redes sociais de seu partido, o PSL, e de um de seus filhos, o deputado Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), uma montagem que representa a camiseta amarela igual a usada pela candidato no momento do golpe aparece manchada de sangue.

Com a frase “Meu partido é o Brasil” estampada, a imagem mostra um rasgo na parte inferior do que seria a camisa, com uma mancha de sangue, representando a facada que Jair Bolsonaro recebeu durante o ato público em Juiz de Fora, em Minas Gerais.

No vídeo, o candidato ao Senado Flávio Bolsonaro convoca apoiadores a participarem de um ato em apoio a vida de seu pai neste domingo, às 11 horas, na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro.

A imagem trata-se de uma montagem, já que a camiseta original usada pelo presidenciável foi jogada fora quando ele chegou à Santa Casa de Juiz de Fora e os médicos precisaram rasgá-la para realizar uma cirurgia de emergência.

No primeiro dia de exibição de novas propagandas eleitorais na televisão e no rádio desde o ataque ao candidato, que aconteceu neste sábado, o tempo destinado a Bolsonaro já fez referência ao ocorrido. “O povo brasileiro caminha unido em oração pela vida do nosso Jair Messias Bolsonaro”, afirma o narrador durante a exibição de imagens do deputado sorrindo.

Outro filho do político também usou as redes sociais para falar sobre o ocorrido. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usou seu perfil no Instagram para publicar um vídeo sobre o ataque ao pai. “Soldado nosso não fica para trás”, diz o texto enquanto imagens do presidenciável sendo aclamado por multidão são exibidas.

A cena da facada em Bolsonaro aparece em seguida, com a frase “Soldado que vai à guerra e tem medo de morrer é um covarde”. A publicação também vem acompanhada de um texto de Eduardo. “A vida pública e privada de um político se misturam, é inevitável e não reclamo disso. Porém tenho o receio de acharem que estamos querendo nos aproveitar de uma situação delicada. Assim, posto esse vídeo como uma homenagem de um filho a um pai que ele admira.”

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Campanha de Jair Bolsonaro terá representantes nas ruas

Foto: Divulgação/Flávio Bolsonaro
Jair Bolsonaro está estável e já pode se sentar; segundo filho, candidato iniciou fisioterapia

O candidato deve passar a  usar as redes sociais para se comunicar com o público no período de eleições . A declaração foi feita por Flávio na noite de sexta-feira (7), quando foi visitar o pai no Hospital Israelita Albert Einstein.

Segundo Flávio, o pai deve dar as orientações sobre os próximos passos da estratégia da campanha, mas o foco não será mais as atividades nas ruas. Ele ainda admitiu que há possibilidade de os filhos representarem o presidenciável em atividades externas.

“Vou tratar disso com ele amanhã [sábado] porque hoje [sexta] foi um dia cansativo para ele. Mas é inevitável, ele não vai mais poder fazer campanha em rua e vai usar os canais dele nas redes sociais, que são o forte dele. Agora a estratégia, como vai ser a cada momento a gente não conversou ainda”, afirmou Flávio, segundo o jornal  O Estado de S.Paulo .

Bolsonaro tem um grande número de seguidores na internet, ultrapassando 1 milhão. Assim que foi transferido para o hospital em São Paulo, uma mensagem para tranquilizar seus eleitores foi publicada em sua conta no Twitter, e em questão de segundos, centenas de replicações e respostas foram acionadas.

A internação de Jair Bolsonaro  deve durar pelo menos dez dias, o que colabora para que, além de Flávio, Eduardo, que também disputa a reeleição, participe das agendas. O vice da chapa, general Hamilton Mourão (PRTB) e o deputado Major Olímpio (PSL) também são nomes cotados para atuarem como representantes.