O diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, reuniu-se neste sábado (8) com representantes das campanhas de quatro candidatos à Presidência da República. O encontro ocorre dois dias após o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) ter sido esfaqueado
durante ato de sua campanha em Juiz de Fora (MG).
Regresso às pressas de viagem oficial aos Estados Unidos, Galloro confirmou aos emissários de Álvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) que a Polícia Federal disponibilizará efetivo maior de agentes que atuam na segurança dos candidatos que solicitaram esse serviço junto à Justiça Eleitoral. A campanha de Jair Bolsonaro também foi convidada a participar da reunião, mas não enviou nenhum representante.
Em nota, a PF comunicou que a disponibilização de mais policiais para proteger os candidatos decorre "elevação do nível de alerta provocado por evento crítico no decorrer da campanha".
De acordo com informação transmitida por um assessor da campanha de Marina, o diretor-geral da PF confirmou durante a reunião que seria aumentado de 21 para 25 o número máximo de agentes da corporação que acompanham os candidatos durante suas agendas públicas.
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Polícia Federal investiga ataque a Bolsonaro
O aumento nas ações de segurança dos presidenciáveis havia sido determinado ainda na quinta-feira (6) pelo presidente Michel Temer (MDB) e confirmado ontem pelo ministro de Segurança Pública, Raul Jungmann.
A medida é uma reação ao ataque a faca sofrido por Bolsonaro durante um comício. O candidato do PSL passou por cirurgia horas após o atentado e hoje está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. De acordo com o último boletim médico divulgado pela unidade, Bolsonaro está consciente e em recuperação. Ele segue internado na unidade de terapia intensiva do hospital.
O responsável pelo ataque, Adelio Bispo de Oliveira, foi preso em flagrante logo após o ato e foi transferido na manhã deste sábado para um presídio federal em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
A Polícia Federal investiga se Adelio recebeu ajuda ou se agiu por conta própria. Jungmann confirmou ontem que, além de Adelio, outras duas pessoas estão sendo investigadas . O ministro, no entanto, reconheceu que a hipótese mais provável é de que o agressor tenha agido como um "lobo solitário".