O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, informou nesta sexta-feira (7) que a Polícia Federal investiga três suspeitos por envolvimento no ataque ao candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, ocorrido ontem em Juiz de Fora (MG).
Jungmann explicou que as informações disponíveis até o momento dão conta de que o autor do ataque, Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos , teria agido sozinho como um "lobo solitário". Ainda assim, outras duas pessoas – que não tiveram a identidade divulgada – podem ter ajudado Adelio a efetivar o ataque. Uma delas chegou a ser detida ainda na noite dessa quinta-feira (6), foi interrogada e posteriormente liberada pelos policiais.
"Pelo o que nós temos de informação até agora, o fato está concentrado naquele que cometeu o atentado. Existem outros que estariam envolvidos, mas que até agora não se tem uma comprovação fática, embora eles permaneçam como investigados. Um deles prestou depoimento e foi liberado. O outro ficou ferido durante o processo e está também hospitalizado", informou o ministro.
A Polícia Federal já abriu inquérito para investigar o ataque e Adelio foi indiciado com base na Lei de Segurança Nacional (LSN). Após ser interrogado na superintendência da PF em Juiz de Fora, o agressor foi encaminhado a um centro de detenção provisória e agora será transferido para um presídio federal de segurança máxima, conforme determinou juíza em audiência de custódia nesta tarde.
Os investigadores da PF já realizaram buscas na pensão onde Adelio estava hospedado há cerca de 15 dias em Juiz de Fora, onde foram apreendidos quatro celulares, um computador e passagens, segundo reportou a GloboNews
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Em depoimento prestado à Polícia Militar de Minas Gerais antes de o caso ser assumido pela PF, Adelio confirmou a autoria da agressão a Bolsonaro e disse que agiu por "motivos pessoais" e que seu ato foi executado "a mando de Deus".
Jair Bolsonaro foi operado ontem à noite na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora e foi transferido nesta manhã para o Hospital Albert Einstein , na zona sul de São Paulo. De acordo com a equipe médica do local, o estado de saúde do candidato "é grave, mas estável".
Jungmann discute segurança para presidenciáveis
O ministro da Segurança Pública anunciou hoje que, devido ao ataque a Bolsonaro, o efetivo da PF que faz a segurança dos candidatos à Presidência da República será ampliado em até 60%. O diretor-geral da corporação, Rogério Galloro, agendou reunião para esse sábado (8) com as equipes de campanha dos presidenciáveis.
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Segundo Jungmann , atualmente 80 policiais federais fazem a segurança de cinco presidenciáveis que solicitaram o serviço, previsto em resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além de Bolsonaro, a PF faz a segurança de Álvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckimin (PSDB) e Marina Silva (Rede).
*Com reportagem da Agência Brasil