O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) encontra-se “consciente e em boas condições clínicas”, de acordo com o primeiro boletim médico divulgado sobre o estado de saúde do candidato.
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Bolsonaro foi transferido na manhã desta sexta-feira (7) para o Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, após passar a noite internado na Santa Casa de Juiz de Fora (MG). A decisão foi tomada pela família do presidenciável depois que médicos consideraram o estado de saúde dele "extremamente estável".
“O paciente está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) onde realizou exames laboratoriais e de imagens e foi avaliado por equipe multiprofissional. O tratamento iniciado anteriormente em Juiz de Fora (MG) está sendo continuado”, diz o boletim publicado às 14h25.
O deputado foi operado em Juiz de Fora, Minas Gerais, na noite dessa quinta-feira (6), após ser esfaqueado durante comício no centro da cidade mineira. De acordo com os primeiros informes do Hospital Albert Einstein, a transferência correu bem e o estado de saúde do candidato é "grave, mas estável".
A equipe médica do hospital paulista informou que deve monitorar o risco para pneumonia, tendo em vista que o candidato ficou muito tempo em choque e perdeu cerca de 2 litros de sangue, e infecção, devido ao vazamento de massa fecal na cavidade abdominal.
Estima-se que a internação dure de sete a dez dias. A campanha do candidato poderá ser retomada em 20 dias.
O deslocamento do candidato começou por volta das 8h20 de hoje, quando a ambulância deixou a Santa Casa e se dirigiu ao aeroporto da Serrinha, com escolta da Polícia Militar. Em uma aeronave, ele foi levado ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O trajeto durou cerca de 20 minutos.
De lá, uma outra ambulância o esperava para transportá-lo até um helicóptero Águia, da Polícia Militar. A aeronave levou 5 minutos até o heliponto do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, no Morumbi, localizado próximo ao Einstein.
Ele chegou ao centro médico por uma ambulância, que o recebeu quando pousou no Palácio dos Bandeirantes.
A transferência aconteceu cerca de 12 horas após o deputado ter passado por uma cirurgia devido a facada que recebeu enquanto participava de uma atividade de campanha na cidade mineira.
A notícia foi confirmada por Flávio Bolsonaro, filho do político, nas redes sociais. "Meu pai passou a noite bem, seu quadro está estabilizado e será transferido para o Hospital Israelita Albert Einstein agora", escreveu Flávio no Twitter nesta manhã.
Avaliação da transferência de Bolsonaro
Na noite de quinta-feira (6), uma equipe do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, chegou a visitar o paciente em Juiz de Fora para verificar a situação do candidato para avaliar se ele poderia ser transferido.
Contudo, até a noite anterior, os médicos afirmavam que ele não deveria ser transferido para outro hospital.
Segundo a equipe, o político ainda não estava em um quadro adequado para a transferência de hospital , mas que a mudança é uma decisão que a família deve tomar desde que ele tenha condições clínicas de ser transportado.
O candidato foi atingido por uma facada no abdômen quando participava de ato de campanha no município mineiro. Os médicos responsáveis pela cirurgia de Bolsonaro na Santa Casa não deram previsão de quanto tempo levará para ele se recuperar.
“O que podemos falar é que a recuperação tem sido satisfatória na UTI. Mas não temos previsão do tempo de hospitalização, deve levar pelo menos de uma semana a 10 dias”, disse um dos médicos envolvidos no procedimento, Luiz Henrique Borsatto, em entrevista coletiva.
Logo após o ataque, no meio da tarde, o presidenciável foi levado diretamente para a Santa Casa. Segundo o médico Gláucio Souza, Bolsonaro chegou ao hospital em estado “muito grave” com pressão “muito baixa”. “Felizmente conseguimos conter a hemorragia a tempo”, relatou o profissional.
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Com o golpe, Bolsonaro teve uma lesão em uma veia no abdômen, três perfurações no intestino delgado, uma lesão grave no intestino grosso e uma lesão transfixante grande. “Nós optamos por fazer uma ressecção do segmento e confeccionamos uma colostomia. Fizemos essa conduta dada a gravidade do paciente, e as lesões graves foram identificadas e tratadas durante a cirurgia”, afirmou Souza.