Jair Bolsonaro (PSL) foi o segundo candidato a conceder entrevista no Jornal Nacional, da TV Globo
Divulgação/Jornal Nacional/TV Globo
Jair Bolsonaro (PSL) foi o segundo candidato a conceder entrevista no Jornal Nacional, da TV Globo

Apoiadores do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, promoveram 'panelaços' para comemorar o desempenho do presidenciável na entrevista concedida ao Jornal Nacional , da TV Globo , na noite dessa terça-feira (28). 

Vídeos divulgados pelas redes sociais e por aplicativos de troca de mensagens mostram manifestações de apoiadores de Bolsonaro com assobios, gritos e buzinas em sacadas de prédios logo após o fim do telejornal. "Inacreditável. Chega arripiei", disse a autora de um dos registros, feito na Barra da Tijuca, bairro de classe média alta da zona oeste do Rio de Janeiro.

A entrevista do ex-capitão do Exército, que é líder nas pesquisas de intenção de votos para a Presidência no  cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), motivou também manifestações de repúdio. Estas, no entanto, concentraram-se nas redes sociais.

O ponto da entrevista de maior repercussão por parte dos críticos de Bolsonaro foi o comentário da jornalista Renata Vasconcellos sobre igualdade salarial entre homens e mulheres. Após o candidato indicar que seu eventual governo não adotaria medidas em busca desse preceito e tomar como exemplo suposta diferença salarial entre Renata e seu colega de bancada no Jornal Nacional , William Bonner, a jornalista refutou a declaração e garantiu que não aceitaria trabalhar sob essa condição.

Apesar do momento de destaque da jornalista, o candidato do PSL teve a última palavra sobre o tema ao alfinetar a Rede Globo citando "bilhões" que a emissora recebe por meio de aportes da União.

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Bolsonaro diz que estaria na Lava Jato se "tivesse ocupado altos postos"

Apoiadores de Jair Bolsonaro fizeram festa para o candidato no interior de São Paulo na semana passada
Reprodução/Facebook/Jair Bolsonaro
Apoiadores de Jair Bolsonaro fizeram festa para o candidato no interior de São Paulo na semana passada

Outro ponto que motivou críticas ao candidato foi sua declaração a respeito do envolvimento de sua família na política. Nesse trecho, Bolsonaro disse que, "com toda certeza", seu nome estaria envolvido na Operação Lava Jato caso ele "tivesse ocupado altos postos".

"Geralmente, quando se fala em famílias na política, são famílias enroladas em atos de corrupção. A minha é limpa. Sempre integrei o baixo clero na política. Se tivesse ocupado altos postos, com toda certeza eu estaria envolvido na Lava Jato hoje em dia. Eu estou na política há muito tempo e mantive a minha linha", afirmou.

O ex-capitão do Exército voltou a utilizar o recurso da 'cola', que já havia sido adotado no debate realizado pela RedeTV. Se daquela vez Bolsonaro havia anotado em sua mão os tópicos "pesquisa", "armas" e "Lula" em sua mão, no Jornal Nacional o candidato carregava em sua mão esquerda os dizeres "Deus", "família" e "Brasil".


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