Manifestantes encerram greve de fome em favor da liberdade de Lula

Sete militantes estavam em jejum desde o dia 31 de julho; os grevistas divulgaram um manifesto em que expressam “sentimento de vitória”

Grupo que esteve em greve de fome por 26 dias foi recebido por ministros do Supremo Tribunal Federal
Foto: Facebook/ MST
Grupo que esteve em greve de fome por 26 dias foi recebido por ministros do Supremo Tribunal Federal

Os sete manifestantes que  estavam em greve de fome pela liberdade do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva encerraram o jejum neste sábado (25). Durante um ato no Centro Cultural de Brasília (CCB), os grevistas divulgaram um manifesto em que expressam o “sentimento de vitória do protesto”.

Durante o período em que tiveram em Brasília, os manifestantes em greve de fome foram recebidos por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Os participantes também receberam uma carta de agradecimento de Lula.

“Estamos saindo de uma batalha, de um front de guerra para outro front de guerra. Frei Sérgio nos dizia que não existe batalha perdida. A única batalha perdida é aquela que tu não faz”, disse Jaime Amorim, um dos grevistas, mencionando o frei Sérgio Görgen, um dos colegas do jejum que começou no dia 31 de julho.

Além dos dois, integram o grupo Zonália Santos, Rafaela Alves, Luiz Gonzaga Silva (Gegê), Vilmar Pacífico e Leonardo Soares. 

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Ministros receberam manifestantes em greve de fome

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF - 15.3.18
presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, recebeu, em seu gabinete, um dos sete manifestantes em greve de fome

No último dia 14, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, recebeu, em seu gabinete, o frei Sergio Gorgen, um dos sete manifestantes. Ele e outros representantes de movimentos sociais, artistas e juristas entregaram um abaixo-assinado com 240 mil assinaturas a favor de Lula.

O grupo pediu ainda a Cármen Lúcia que leve a julgamento, antes de deixar a presidência do STF, em 12 de setembro, as ações declaratórias de constitucionalidade (ADC´s) que questionam a execução de pena após condenação em segunda instância e pedem que a presunção de inocência seja garantida até o fim de todos os recursos a instâncias superiores.

Lula foi preso em 7 de abril após ter sido condenado a 12 anos e um mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) na ação penal do caso do tríplex do Guarujá (SP).

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Em 2016, STF firmou entendimento que autorizou a prisão após condenação em segunda instância. O assunto, entretanto, ainda não teve julgamento definitivo, e alguns ministros indicaram ter mudado de posição jurídica desde então. Uma eventual virada do placar poderia beneficiar Lula. O grupo que esteve em greve de fome por 26 dias também foi recebido por outros ministros.