
O ex-deputado Eduardo Cunha , preso desde o dia 19 de outubro de 2016, publicou uma “carta à nação brasileira” nesta sexta-feira (17) em que defende a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pede votos a sua filha Danielle Cunha – que é candidata à deputada federal – e questiona o fato de ainda estar preso em Curitiba.
Em seu texto, postado pela sua equipe de comunicação, Eduardo Cunha se descreve como o “maior adversário do PT e o principal responsável por sua queda”. No entanto, afirma que defende a democracia e, por isso, acredita que Lula deve ser candidato, “pois quem deve julga-lo é a população”.
“ Lula deve ser cobrado e responder por sua irresponsabilidade de ter imposto ao país um poste sem luz, chamado Dilma Rousseff; que destruiu a economia e a política. O petista não deve ser eleito pelo custo que impôs ao povo com sua desastrada escolha, mas jamais impedido de disputar”, escreveu o ex-deputado.
Cunha também apoia a candidatura de Henrique Meirelles para o Palácio do Plnalto. Do mesmo partido, o ex-deputado afirmou que o candidato do MDB “é o mais preparado, numa eleição repleta de candidatos contumazes, que trocam de legenda, mas não trocam de ambição, e de candidatos sem a menor condição de governabilidade”.
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Na carta, o ex-deputado disse ainda apoiar “com veemência” a candidatura de Danielle Cunha ao cargo de deputada federal. Cunha afirmou que sua filha mais velha “ela dará mais trabalho do que eu dei e defenderá tudo o que eu defendi, do interesse da nação e do povo evangélico, como o combate ao aborto, além das suas próprias propostas que debaterá na campanha”.
Eduardo Cunha questiona prisão

Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Cunha se diz vítima de uma perseguição, “por ter sido o responsável pelo impeachment, que retirou a Dilma e o PT do Governo, e sou, assim como o ex-presidente Lula, um troféu político da República de Curitiba”. Para o ex-deputado, ele foi condenado na Operação Lava Jato sem provas.
Eduardo Cunha também questionou os mandatos de prisão preventiva contra ele e disse que deveria estar em liberdade já que outros investigados nos mesmos inquéritos já foram solto. O ex-deputado também afirmou que ainda aguarda um último recurso na segunda instância sobre sua condenação.