O registro de candidatura da ex-presidente Dilma Rousseff para o Senado já foi de dois pedidos de impugnação. O primeiro pedido partiu do advogado e candidato a deputado estadual Leonardo Vitor de Oliveira e foi realizado antes mesmo do registro feito por Dilma.
O outro pedido contra a candidatura de Dilma Rousseff foi do advogado Mariel Marra. No documento, ele alega que a Constituição prevê que um presidente da República condenado por crime de responsabilidade pelo Senado deve ficar inabilitado para qualquer cargo público por oito anos.
“Portanto, em 31 de agosto de 2016 o Senado deu um entendimento totalmente diverso do constituinte originário ao votar o fatiamento da pena da Dilma para não deixá-la inelegível. Mas agora cabe ao juízo eleitoral finalmente declarar a inelegibilidade da Dilma”, alega o autor da contestação no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais.
Por meio de nota, a ex-presidente contestou o pedido de impugnação. “O esforço dos golpistas de me calar é odioso. Os tucanos não têm a coragem de colocar a cara abertamente e impugnar minha candidatura ao Senado .” Dilma afirmou que seus adversários querem ‘caça-la novamente’.
Leia também: Aécio desiste de disputar o Senado por MG e será candidato a deputado federal
Dilma Rousseff candidata
Quase dois anos após sofrer um impeachment, a ex-presidente Dilma Rousseff foi lançada como candidata ao Senado por Minas Gerais pelo PT (Partido dos Trabalhadores). A convenção estadual que ocorreu no último dia 5 também oficializou o nome de Fernando Pimentel à reeleição como governador do estado.
Na convenção do partido, Dilma afirmou que eles estão “fortes, inteiros, corajosos e lutadores”. A ex-presidente voltou a afirmar que o impeachment que sofreu foi um golpe, que teria tirado direito dos trabalhadores e que estaria querendo vender os patrimônios e empresas publicas.
“Esse golpe tinha um objetivo claro: nos destruir como partido e proposta. Destruir toda a liderança que o PT conquistou na luta pela redemocratização, pela melhoria de vida, mas esse objetivo eles não conseguiram, e a prova disso está aqui, claro. Agora, é nossa hora.”
Leia também: Em 15 estados, PT se alia a partidos que apoiaram o impeachment de Dilma
A candidata ao Senado afirmou que em Minas poderá combater o chamado golpe, em um lugar onde estariam os principais protagonistas do impeachment. “Um que perdeu a eleição, e outro que destruiu o orçamento do estado de Minas e entregou ao Pimentel um governo falido. Aqui vai se travar a luta decisiva, a batalha. Se não ganharmos aqui, nós perderemos o Brasil”, disse Dilma Rousseff .