Dilma Rousseff é lançada como candidata ao Senado por Minas Gerais

Convenção estadual que ocorreu neste domingo (5) também oficializou o nome de Fernando Pimentel à reeleição como governador do estado

Dilma Rousseff foi oficializada como candidata ao Senado quase dois anos depois de sofrer um impeachment
Foto: Roberto Stuckert Filho 05.08.2018
Dilma Rousseff foi oficializada como candidata ao Senado quase dois anos depois de sofrer um impeachment

Quase dois anos após sofrer um impeachment , a ex-presidente Dilma Rousseff foi lançada como candidata ao Senado por Minas Gerais pelo PT (Partido dos Trabalhadores). A convenção estadual que ocorreu neste domingo (5) também oficializou o nome de Fernando Pimentel à reeleição como governador do estado. 

Após citar sua presença na convenção do PT que oficializou a candidatura do ex-presidente Lula  à Presidência da República, nesse sábado (4), Dilma Rousseff afirmou que eles estão “fortes, inteiros, corajosos e lutadores”.

A ex-presidente voltou a afirmar que o impeachment que sofreu foi um golpe, que teria tirado direito dos trabalhadores e que estaria querendo vender os patrimônios e empresas publicas.

“Esse golpe tinha um objetivo claro: nos destruir como partido e proposta. Destruir toda a liderança que o PT conquistou na luta pela redemocratização, pela melhoria de vida, mas esse objetivo eles não conseguiram, e a prova disso está aqui, claro. Agora, é nossa hora.”

A candidata ao Senado afirmou que em Minas poderá combater o chamado golpe, em um lugar onde estariam os principais protagonistas do impeachment.  “Um que perdeu a eleição, e outro que destruiu o orçamento do estado de Minas e entregou ao Pimentel um governo falido. Aqui vai se travar a luta decisiva, a batalha. Se não ganharmos aqui, nós perderemos o Brasil.”

Carta de Lula foi lida após discurso de Dilma Rousseff

Foto: Reprodução/Facebook/Dilma Rousseff 05.08.2018
Ex-presidente Dilma Rousseff terminou seu discurso como candidata ao Senado entoando os gritos de 'Lula livre'

Assim como foi feito na convenção do PT desse sábado, uma carta do ex-presidente Lula foi lida na convenção estadual após o discurso da candidata ao Senado.

“Fui perseguido, condenado e preso sem nenhum crime cometido, a não ser o de lutar pela soberania do Brasil e pela liberdade do povo brasileiro. Nem assim nossos adversários ficaram saciados. A prova disso é que o encontro de hoje reúne duas outras vítimas da traição e da perseguição política. Companheiros na luta contra a ditadura, Fernando Pimentel e Dilma Rousseff enfrentam hoje juntos interesses poderosos contra o povo de Minas e do Brasil”, diz o texto.

Segundo Lula, o PSDB, com apoio da grande mídia e de parte do Ministério Público e do Poder Judiciário, “golpeou a primeira mulher presidente do Brasil” e ainda “colocou um fantoche em seu lugar”. “Tentaram também impedir a candidatura da Dilma ao Senado, porque sabem que serão derrotados, como foram em 2014, em Minas e no Brasil.”

Para o ex-presidente, o governo do PSDB em Minas deixou uma dívida no estado para deixá-lo “ingovernável”, prejudicando, desta forma, o governo petista, com Fernando Pimentel.

Lula também citou Aécio Neves, que disputou o segundo turno de 2014 com Dilma Rousseff , mas perdeu. Para o ex-presidente, o senador “não aceitou a derrota e acendeu o pavio desse golpe que trouxe de volta a miséria, a fome e a mortalidade infantil”. Lula não deixou de citar o fato de que Aécio desistiu de enfrentar novamente Dilma, desta vez na disputa pelo Senado, nas eleições 2018, e vai de candidatar apenas à Câmara dos Deputados .