O senador Alvaro Dias, 73 anos, foi confirmado como candidato à Presidência da República pelo Podemos, durante a convenção nacional do partido neste sábado (4), em Curitiba. Ele está no quarto mandato de senador e é o atual líder do partido.
Em seu discurso, Alvaro Dias voltou a falar em "refundar a República" e fez críticas ao atual sistema político. O candidato também revelou que pretende convidar o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, para assumir o Ministério da Justiça. De acordo com Dias, Sérgio Moro é o "ícone da nova Justiça brasileira".
Em entrevista, após ser escolhido, Dias afirmou: “A refundação da República é a substituição desse sistema perverso, fábrica de escândalos, loteamento de cargos públicos e relação promíscua entre os poderes. A ideia básica é que os brasileiros cumpram as leis”. Ele fez críticas aos privilégios das autoridades e ao sistema político que se coliga "simplesmente" com o objetivo de ter mais tempo de campanha na televisão.
O partido de Dias também confirmou o nome do economista Paulo Rabello de Castro , do Partido Social Cristão (PSC) como vice da chapa. Na quarta-feira (1º), o PSC desistiu de ter candidato próprio.
Rabello também apoiou a ideia que é preciso "refundar a República" e falou em reduzir os impostos, a burocracia e os jutos altos; em legalizar a propriedade nas comunidades; em construir 500 centros de educação para o trabalho e em revisar a Constituição de 1988. "É preciso fazer com que todo o Brasil conheça a mensagem do nosso candidato", afirmou.
Conheça Alvaro Dias
O senador tem 73 anos e está no quarto mandato de senador. De 1987 a 1991, foi governador do Paraná, à época pelo PMDB. Na década de 1970, foi deputado federal por três legislaturas. Antes de or para a Câmara federal, foi vereador de Londrina (PR) e deputado estadual no Paraná. Formado em História, o senador já migrou de siglas sete vezes.
Alvaro Dias foi eleito em 2014 pelo PSDB, mudou para o PV e, em julho do ano passado, buscou o Podemos, antigo PTN, para se unir à tentativa da sigla de imprimir a bandeira da renovação da política e da participação direta do povo na política.