O presidente nacional do PV, José Luiz Penna, confirmou nesta quinta-feira (2) que o ex-deputado Eduardo Jorge (PV) será vice de Marina Silva (Rede) na disputa pela Presidência da República. A pré-candidata da Rede Sustentabilidade também confirmou a aliança com o Partido Verde por meio das redes sociais.
Dirigentes dos dois partidos se reuniram mais cedo em São Paulo para discutir a aliança. Ex-integrante do PT, assim como Marina, Eduardo Jorge se candidatou ao Palácio do Planalto em 2014 pelo PV. No segundo turno daquele ano, ele apoiou Aécio Neves (PSDB).
Segundo Penna, os entraves que impediam a coligação foram resolvidos e o PV dará apoio à Rede. "O partido majoritariamente aceitou a vice da Marina", disse o dirigente à Folha de S.Paulo.
O presidente dos verdes afirmou que os acordos estaduais do PV que já estavam fechados serão mantidos. "A Rede concordou. A atitude foi de colaboração."
Oficialmente, Marina Silva ainda é a pré-candidata da Rede à Presidência. A convenção nacional do partido para confirmar a candidatura será no próximo sábado (4). Pouco depois do anúncio, Eduardo disse que já estava procurando passagem para ir para Brasília no sábado. "Eu estou pronto [para a tarefa]. Conversei com a Marina. Ela falou que está feliz", afirmou.
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Eduardo Jorge já apoiava a aliança
Durante a Executiva Nacional do Partido Verde (PV) no último sábado (28) a sigla já havia decidido que não teria candidato à Presidência da República. A indefinição sobre aceitar o convite de Marina Silve se deu devido aos acordos estaduais do PV com outros partidos.
“As dificuldades foram criadas por esse sistema velho e por essa política viciada. Estamos em discordância completa com o sistema eleitoral posto. Somos contra esse presidencialismo de coalizão e contra o jeito como essas eleições são processadas. Somos parlamentaristas e acreditamos no voto distrital”, argumentou o presidente do PV durante a convenção do partido ao informar que a estratégia para as eleições de 2018 é a de tentar eleger o máximo de deputados federais.
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“Respeitamos todos os acordos políticos feitos [a nível local]. Estamos na resistência. Para resistir, precisamos honrar os acordos que viabilizam nossa direção, que é eleger deputados federais”, completou. Para o médico sanitarista Eduardo Jorge "não tem lógica que dois partidos tão semelhantes fiquem separados numa situação [do país] tão complicada".