Candidato à Presidência da República pelo PSL, o deputado federal Jair Bolsonaro participou, nesta segunda-feira (30), do programa Roda Viva , da TV Cultura . Durante a sabatina, o candidato mais polêmico das atuais eleições presidenciais se defendeu ao ser questionado por suas declarações polêmicas e aproveitou para reforçar alguns dos seus posicionamentos.
Bolsonaro chegou a ser questionado a respeito, por exemplo, da sua discussão com a deputada Maria do Rosário (PT-RS), em Brasília, que rendeu-lhe um processo – sobre a qual se defendeu novamente. Além disso, durante o programa Roda Viva , o deputado foi questionado sobre declarações sobre quilombolas e sobre as cotas para negros nas universidades.
"Vão pedir cota para nordestino agora?", questionou ele, reforçando o seu posicionamento contra o sistema de cotas. O deputado também negou que seja homofóbico ou misógino e declarou que as frases classificadas, pela imprensa e por quem se opõe a ele, como preconceituosas foram ditas em tom de brincadeira.
Questionado a respeito do regime militar, Jair Bolsonaro foi enfático: disse que não abrirá os arquivos da ditadura caso seja eleito e defendeu que o assunto seja esquecido. "Esquece isso aí. É daqui para a frente", disse.
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Além disso, declarou que os atos cometidos pelos militares se justificavam pelo “clima da época, de guerra fria”, e que teria agido da mesma maneira se estivesse no lugar deles.
"Não houve golpe militar em 1964. Quem declarou vago o cargo do presidente na época foi o Parlamento. Era a regra em vigor", disse, defendendo as atuações dos militares em casos de tortura e também a figura do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, a quem homenageou em seu voto durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
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"Abominamos a tortura, mas naquele momento vivíamos na guerra fria", justificou Bolsonaro . Brilhante Ustra foi chefe do DOI-Codi, um dos principais centros de tortura durante a ditadura.
Bolsonaro cita Janaína Paschoal após o Roda Viva
Depois do programa, o candidato à Presidência
disse a jornalistas que a escolha do vice em sua chapa se afunilou entre os nomes da advogada Janaína Paschoal
, do príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança e do deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG).
O presidenciável, no entanto, não escondeu sua preferência pela advogada, coautora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff. "É o 'plano A'. Conversei hoje pela segunda vez com Janaína e tem tudo para dar certo", afirmou Bolsonaro.
Segundo o candidato, questões familiares de Janaína Paschoal ainda impedem o fechamento de um acordo. Ele espera que ela lhe dê uma resposta até o próximo domingo. Ainda segundo ele, caso Janaína rejeite o convite, o príncipe Luiz Philippe deverá integrar sua chapa. Álvaro Antônio seria a terceira opção, para o caso de uma nova recusa.
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"Eu sou o único candidato com três vices. Além do oficial, tem o Magno, que pediu pra eu ir à convenção dele, e também o (general Augusto) Heleno. Eles estão engajados em minha campanha", disse após o Roda Viva . Heleno é filiado ao PRP, mas o partido recusou a aliança e vetou sua participação na chapa.
* Com informações do jornal O Dia.