Manifestantes jogam tinta vermelha em apartamento de Cármen Lúcia em BH
Militantes do PT escreveram "Cármen golpista" na escada da entrada do prédio onde a presidente do Supremo Tribunal Federal mantém residência
Por iG São Paulo |
O prédio onde a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, mantém um apartamento, em Belo Horizonte, foi vandalizado por militantes do PT, nesta sexta-feira (6). Manifestantes jogaram tinta vermelha nas paredes do edifício e escreveram “Cármen golpista” na escada da entrada o imóvel.
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Segundo informações da revista Veja , a ação em frente ao prédio de Cármen Lúcia ocorreu por volta das 16h30 e durou pouco mais de dez minutos. A ministra não estava no apartamento. Em um vídeo publicado pelo canal Marco Aurélio Belchior, no YouTube, é possível ver que uma janela de um dos apartamentos também foi danificada.
Na madrugada de quinta-feira (5), o voto da ministra foi decisivo para negar a Lula um habeas corpus preventivo, o que culminou no decreto de prisão do petista pelo juiz Sergio Moro.
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Prisão
O juiz Sérgio Moro ordenou a prisão do ex-presidente e deu prazo até às 17h desta sexta-feira (6) para o petista se entregar, o que não ocorreu. O despacho do juiz da Lava Jato foi proferido no fim da tarde de quinta-feira (5), menos de 24 horas após o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir caminho para a prisão do petista ao rejeitar o habeas corpus de sua defesa.
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Responsável por condenar, na primeira instância, o ex-presidente por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP), Moro justificou a concessão de prazo para o petista se entregar voluntariamente alegando a "dignidade do cargo" que o petista ocupou. O juiz de Curitiba também proibiu que sejam utilizadas algemas no ex-presidente.
A maioria dos ministros do STF decidiu nesta quarta-feira (4) que o juiz Sérgio Moro poderia ordernar a prisão imediata do ex-presidente tão logo seu processo fosse encerrado no Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4).
Os advogados do ex-presidente passaram então a defender o entendimento de que a tramitação dessa ação penal ainda não se exauriu, uma vez que ainda serão apresentados embargos de declaração sobre os embargos de declaração já rejeitados pelo TRF-4.
No STF, o placar de quinta-feira (5) foi de 6 votos contra o habeas corpus contra 5 a favor. Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio e Celso de Mello votaram a favor habeas corpus, enquanto Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux foram contra. A presidente da casa, ministra Cármen Lúcia, desempatou o pleito, que durou mais de dez horas.