Polícia Federal cumpre mandados de prisão em São Paulo, nesta quarta-feira, em nova fase da Lava Jato; entenda a ação
Rovena Rosa/Arquivo Agência Brasil
Polícia Federal cumpre mandados de prisão em São Paulo, nesta quarta-feira, em nova fase da Lava Jato; entenda a ação

Agentes da Polícia Federal deflagram, na manhã desta quarta-feira (4), oito mandados de prisão em São Paulo, decorrentes de uma nova fase da Lava Jato. A ação é um desdobramento da Operação Fatura Exposta, que investiga esquemas de corrupção na Secretaria Estadual de Saúde do Rio.

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Nessa nova fase da Lava Jato , os mandados foram cumpridos em endereços na Vila Ipojuca, zona oeste da capital paulista, e na sede da Philips, em Barueri. Outros mandados são cumpridos nos estados do Rio de Janeiro, Paraíba, Minas Gerais e no Distrito Federal. 

A Philips foi envolvida na Lava Jato por uma suspeita de que tenha se envolvido em um esquema de fraudes em licitação, no fornecimento de material hospitalar ao estado do Rio. Além disso, investigações apontam para uma possível formação de cartel com executivos da empresa. Segundo as primeiras informações divulgadas pela PF, dois executivos da empresa são alvos da operação.

Nova fase da Lava Jato: Operação Ressonância

A Operação Fatura Exposta foi deflagrada em abril de 2017. Na época, os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita foram presos. Além deles, Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde do governo Sérgio Cabral, foi para a cadeia. 

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Meses depois, no entanto, Iskin e Estellita foram soltos pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Em fevereiro de 2018, foi a vez de Côrtes deixar a prisão, também por determinação de Gilmar.

De acordo com as investigações, há suspeitas de fraudes em licitações para o fornecimento de próteses para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), cujo desvios teriam chegado a R$ 300 milhões, apenas entre 2016 e 2017. 

A fase deflagrada hoje foi apelidada de Ressonância. Desta vez, segundo a PF, cerca de 180 policiais federais cumprem 13 mandados de prisão preventiva; nove mandados de prisão temporária e 43 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Minas Gerais e no Distrito Federal.

“Os mandados foram expedidos pela 7° Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e também foi determinada a intimação de um ex-secretário de Saúde do Estado do Rio de Janeiro”, diz a Federal.

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Nesta nova fase da Lava Jato , são investigadas, além da Philips, 36 empresas. Os envolvidos serão denunciados pelos crimes de formação de cartel, corrupção, fraude em licitações, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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