São cumpridos 15 mandados de prisão temporária – sendo que um deles é contra o ex-presidente da Dersa
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São cumpridos 15 mandados de prisão temporária – sendo que um deles é contra o ex-presidente da Dersa

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (21), uma operação que apura um suposto desvio de dinheiro nas obras do trecho norte do Rodoanel Mário Covas, em São Paulo. O principal alvo da operação é Laurence Casagrande Lourenço, ex-diretor presidente da Dersa – a estatal responsável pelas rodovias no estado.

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De acordo com as investigações do Ministério Público Federal, sobrepreços nas obras do Rodoanel resultarem em um acréscimo de R$ 600 milhões nos gastos do governo com o trecho construído pela Dersa .

Ao todo, são cumpridos 15 mandados de prisão temporária – sendo que um deles é contra Laurence. Além disso, a operação apelidada de 'Pedra no Caminho' cumpre 51 mandados de busca e apreensão.

Os mandados são cumpridos nas cidades de São Paulo, Carapicuíba, Arujá, Bofete, Ribeirão Preto e São Pedro, no estado de São Paulo, e também em Marataízes e Itapemirim, no estado do Espírito Santo.

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Hoje, Laurence preside a Companhia Energética de São Paulo (Cesp). Porém, ele é homem de confiança do governo tucano, sendo que, no último ano, acumulou o cargo de secretário de Transportes e Logística do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Inquérito sobre o Rodoanel

O inquérito policial a respeito dessa operação foi instaurado em 2016, após a denúncia de um ex-funcionário da empresa que atuou nas obras. Ele apontou manipulações em termos aditivos ao contrato da obra, com o objetivo de aumentar o valor pago às empreiteiras.

Os aditivos contratuais, na fase de terraplanagem, eram para a remoção de rochas, mesmo que o projeto inicial já contemplasse o custo dessa remoção. A irregularidade gerou sobrepreço de mais de R$ 131 milhões.

Segundo a perícia da Polícia Federal e relatórios do Tribunal de Contas da União e da Controladoria-Geral da União, um dos cinco lotes onde houve aditivos para a remoção de rochas teve sobrepreço de R$ 33 milhões.

Os acusados vão responder pelos crimes de fraude à licitação, estelionato contra o poder público, falsidade ideológica e associação criminosa, conforme as suas participações. Os presos permanecerão na sede da PF em São Paulo, à disposição da Justiça Federal.

Por meio de nota, a Dersa disse que o órgão e governo de São Paulo "são os maiores interessados acerca do andamento do processo. Havendo qualquer eventual prejuízo ao erário público, o Estado adotará as medidas cabíveis, como já agiu em outras ocasiões".

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* Com informações da Agência Brasil.

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