Ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, durante entrevista coletiva sobre o fim da greve dos caminhoneiros
Marcos Corrêa/PR - 31.5.18
Ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, durante entrevista coletiva sobre o fim da greve dos caminhoneiros

O governo federal avalia que o País está "caminhando rapidamente na direção da normalização" do abastecimento após o encerramento da greve dos caminhoneiros

Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (1º), ministros da gestão Michel Temer disseram que o desconto de R$ 0,46 no preço do litro do óleo diesel deve estar presente em todos os postos de combustível do País a partir de segunda-feira (4). A redução foi um dos pontos negociados entre o governo e os caminhoneiros para pôr fim à paralisação que levou o País a uma crise de desabastecimento desde o último dia 21.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, garantiu que o governo está cumprindo "ao pé da letra" os acordos firmados com as lideranças dos movimentos grevistas. "O governo está cumprindo fielmente o nosso acordo, pontinho por pontinho, vírgula por vírgula. Já temos implementado a isenção da cobrança do pedágio por eixo suspenso. Já está em vigor também a tabela do preço mínimo do frete e, o mais importante neste momento, é afirmar, de forma peremptória, que o governo está garantindo a redução de R$ 0,46 por litro do óleo diesel", exaltou Padilha.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que o óleo diesel que sai das refinarias hoje já está sendo disponibilizado aos postos com o desconto de R$ 0,46, mas explicou que só a partir de segunda-feira que todos os postos de combustíveis do País estarão repassando o desconto aos consumidores.

"O governo vai exigir que esse desconto mínimo de R$ 0,46 chegue à bomba dos postos de abastecimento de combustíveis, ou seja, chegue ao tanque do caminhoneiro. Para que isso aconteça em todo o Brasil, são necessárias 72 horas. Então, a partir de hoje, alguns postos que já estão sendo abastecidos, devem começar. Mas, até segunda-feira, todos os postos de abastecimento do Brasil terão que praticá-lo. Ou seja, esse desconto tem que estar presente no valor de revenda do óleo diesel", declarou Marun.

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Acordo não afetará orçamento de ministérios, diz secretário

O secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Gleisson Cardoso, explicou que parte dos R$ 9,5 bilhões necessários para cobrir o subsídio no preço do óleo diesel e a queda na arrecadação decorrentes dos acordos firmados com os caminhoneiros serão obtidos mediante ao cancelamento de dotações orçamentárias na ordem de R$ 3,3 bilhões.

Esse montante, segundo Cardoso, é constituído por R$ 2,1 bilhões que seriam empregados na reserva para a capitalização de empresas públicas, e mais R$ 1,2 bilhão de despesas discricionárias do governo cujas dotações se encontravam contingenciadas. "Nenhum ministério, nenhuma autoriquia, nenhuma fundação teve redução no orçamento que já estava liberado. Não há redução do orçamento que já estava liberado para todos os ministérios e órgãos da administração pública federal", garantiu o secretário. 

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