Entrevista coletiva sobre o fim da grave dos caminhoneiros foi concedida nesta quinta-feira no Palácio do Planalto
Valter Campanato/Agência Brasil 31.05.2018
Entrevista coletiva sobre o fim da grave dos caminhoneiros foi concedida nesta quinta-feira no Palácio do Planalto

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, afirmou nesta quinta-feira (31) que o governo espera ver os benefícios concedidos aos caminhoneiros na redução do preço do óleo diesel sendo devolvidos à população “de alguma maneira”.

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“O retorno que esperamos para a população é que o recálculo das planilhas em função do recálculo do custo dos fretes reflita também, de alguma maneira, o benefício que os caminhoneiros ganharam no movimento”, disse Etchegoywn. Por outro lado, o ministro afirma que haverá reflexos ao contribuinte

Segundo o ministro, o governo, no curso das negociações, cedeu “na medida do necessário”. Nem mais, nem menos. Ele acrescentou que a população, que em sua maioria apoiou a greve, “tem participação nas soluções”.

“Tivemos um apoio de 80% a 90% da população à manifestação. O governo não produz dinheiro, arrecada recursos. Obviamente, quem apoiava a greve e apoia as soluções teria sua cota de responsabilidade, de participação no financiamento disso. No final, somos nós, contribuintes. E isso inclui até mesmo os caminhoneiros”, enfatizou.

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Bloqueios restantes seriam criminosos

Ainda de acordo com o ministro, o governo entende que as mobilizações ainda existentes nas estradas não são parte da greve que vimos desde o início. O entendimento é que os atos acabaram há mais de dois dias, e o que resta são “bloqueios criminosos de grupos infiltrados nas estradas”.

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“Vínhamos dizendo que lidamos com bloqueios criminosos de grupos infiltrados nas estradas. Os problemas causados continuarão mobilizando o governo para enfrentá-los”, acrescentou. Etchegoyen garantiu também que não há mais bloqueios e aglomerações nas rodovias e que o país está voltando à normalidade.

Mesmo com casos de vandalismo e a morte de um motorista durante a greve , para o ministro, é preciso comemorar que o movimento dos caminhoneiros tenha chegado ao fim sem nenhum ato de violência. “As forças federais e de segurança pública dos estados atuaram com energia, empregando o poder coercitivo do Estado, mas em qualquer momento temos que lamentar atos de violência”, disse. “O diálogo evitou que tivéssemos um país dividido por conta de confrontações desnecessárias.”

*Com informações da Agência Brasil

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