Greve dos caminhoneiros pelo Brasil: categoria protesta contra o aumento do preço do diesel
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Greve dos caminhoneiros pelo Brasil: categoria protesta contra o aumento do preço do diesel

Os ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticaram a greve dos caminhoneiros durante a sessão da tarde desta quinta-feira (24). Eles não perceberam que o microfone estava ligado enquanto conversavam. 

O vazamento do diálogo ocorreu durante uma votação na qual a Corte decidiu sobre a recondução da ministra Rosa Weber para o cargo de ministra efetiva do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Enquanto os demais ministros votaram sobre a questão, Gilmar comentou com Celso sobre a greve dos caminhoneiros , mas não percebeu que o microfone estava ligado. 

"Que crise, hein! Guiomar [mulher de Gilmar] está na rua agora, está impossível", disse. Em seguida. Celso respondeu: "Um absurdo, faz-nos reféns. Tudo bem que eles até possam ter razão aqui, mas isto é um absurdo. Minha filha está vindo de São Paulo...". A partir desse trecho, a conversa continuou, mas o áudio foi cortado na transmissão ao vivo. 

Greve sem prazo para acabar

Nesta quinta-feira (24), o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes afirmou que a manifestação dos caminhoneiros nas rodovias do país só será encerrada quando o presidente Michel Temer sancionar e publicar, no Diário Oficial da União, a decisão de zerar a alíquota do PIS-Cofins incidente sobre o diesel .

Para ser sancionada pelo presidente, a medida que zera o imposto precisa, antes, ser aprovada pelo Senado.  Segundo o presidente da Abcam, a pressão ao governo e os bloqueios nas estradas estão ganhando força inclusive de grupos não ligados aos caminhoneiros.

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“Não são só os caminhoneiros que estão sendo prejudicados pela alta dos combustíveis. Isso está prejudicando todo mundo, inclusive temos recebido mensagens via redes sociais para continuarmos mantendo o movimento. Há insatisfação da sociedade com o governo”, disse.

Fonseca afirmou ainda que os caminhoneiros não estão proibindo a passagem de veículos que transportam itens essenciais como remédios nem cargas vivas, produtos perecíveis ou oxigênio para hospital. Ônibus com passageiros e ambulâncias também estão podendo passar pelos bloqueios.

O representante dos caminhoneiros voltou a criticar a política de preço da Petrobras. “A equiparação com o preço internacional [do petróleo] foi a pior medida que podia ser feita.”

Leia também: Nova reunião entre governo e caminhoneiros termina em impasse

Além da redução de impostos sobre o preço do óleo diesel, como PIS/Cofins e ICMS, a greve dos caminhoneiros também pede o fim da cobrança de pedágios dos caminhões que trafegam vazios nas rodovias federais concedidas à iniciativa privada.

 * Com informações da Agência Brasil

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