O deputado Jair Bolsonaro afirmou que integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ( MST ) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) "devem ser tratados como terroristas". Além disso, o pré-candidato do PSL à Presidência, incitou a violência contra essas pessoas, no caso de invasões de propriedades privadas.
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"A propriedade privada é sagrada. Temos que tipificar como terroristas as ações desses marginais. Invadiu? É chumbo!", enfatizou Jair Bolsonaro , em uma palestra dada por ele na Associação Comercial do Rio, nesta segunda-feira (21).
Segundo o jornal O Estado de S.Paulo , após o pronunciamento polêmico, o deputado do PSL foi aplaudido pelos cerca de 300 empresários que o assistiam. Mais tarde, o pré-candidato chegou a defender o uso de "lança-chamas" contra esses grupos, o que arrancou risos do público que o assistia.
Assuntos econômicos
Porém, os assuntos que interessavam mais a esse seleto público – que pagou cerca de R$ 200 para participar do evento – mal entraram na pauta do deputado. Isso porque, a retomada do crescimento econômico do País e o fomento do setor produtivo não eram pautas para as quais o pré-candidato estava preparado, o que assumiu mais tarde a jornalistas: "Não tenho na ponta da língua a solução para o Brasil".
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Pelo contrário, ao invés de falar sobre os assuntos da pauta econômica brasileira, Bolsonaro apontou, por diversas vezes, o economista Paulo Guedes , seu consultor, dizendo que ele poderia comentar assuntos da esfera econômica de forma mais abalizada.
Ainda em sua palestra, o deputado chegou a garantir que seus posicionamentos sobre a economia têm "evoluído" ao longo do tempo. Para ele, o pensamento de Guedes deve ser visto como um exemplo – mas não como todo o seu plano de governo.
"Tenho consciência que temos que nos aproximar das ideias do Guedes. Não 100%, mas quem sabe 95%", afirmou Bolsonaro.
'Violência se combate com mais violência'
Quando falou a respeito da segurança pública no Brasil, o deputado Jair Bolsonaro propôs o endurecimento da intervenção federal no Rio de Janeiro. "A questão da violência se combate em alguns casos com mais violência ainda", afirmou. "Temos que acabar com a figura do 'excesso' [policial]."
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