A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu mais 60 dias de prazo ao Supremo Tribunal Federal (STF) para concluir as investigações contra os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE) e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), motivadas por delações da empresa Odebrecht.
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No mesmo caso também são investigados os senadores Romero Jucá (MDB-RR) e Renan Calheiros (MDB-AL), bem como o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), que se tornou réu na terça-feira (8) no STF em decorrência de outro caso.
O ex-presidente-executivo da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outros cinco executivos da empresa relataram o pagamento de mais de R$ 7 milhões aos parlamentares para que duas medidas provisórias favoráveis à empresa fossem aprovadas no Congresso.
O prazo para o fim das investigações da Polícia Federal (PF) já foi prorrogado uma vez, no entanto os delegados responsáveis voltaram a solicitar mais tempo, o que foi agora reforçado pela procuradora-geral da República.
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Na petição encaminhada nesta semana ao relator do caso, ministro Edson Fachin, Dodge citou investigações "pendentes" da PF, destacando que passados os últimos 60 dias, nenhuma das diligências previstas foi cumprida pelos delegados, entre elas a oitiva de Carlos Parente, ex-executivo da Braskem, uma subsidiária da Odebrecht.
Nos últimos dois meses, também não foram feitas perícias nos sistemas de comunicação e contabilidade paralela da Odebrecht, chamados Drousys e Mywebdayb, conforme previstas, destacou a PGR. "Assim, a Procuradora-Geral da República requer a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito", escreveu Dodge, "considerada a existência de diligências pendentes e necessárias".
Investigação contra Temer foi prorrogada
Na segunda-feira (7), o ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, aceitou outro pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e prorrogou, por mais 60 dias, o prazo para conclusão das investigações do inquérito dos Portos , que tem o presidente Michel Temer como um dos alvos.
O pedido de mais tempo para concluir as apurações foi apresentado pela Polícia Federal, responsável por conduzir as investigações sobre suposta vantagem indevida recebida por Michel Temer da Rodrimar, empresa que opera o porto de Santos (SP), em troca de favorecimento na edição do chamado decreto dos Portos.
O pleito recebeu o apoio da procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, que entregou a manifestação ao STF na sexta-feira (4). O prazo para a PF finalizar as investigações desse processo, aberto em setembro do ano passado no Supremo, já foi prorrogado duas vezes.
* Com informações da Agência Brasil