Ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa se filiou recentemente ao PSB e era cotado para disputar a Presidência
Fellipe Sampaio/SCO/STF - 1.7.2014
Ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa se filiou recentemente ao PSB e era cotado para disputar a Presidência

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa anunciou na manhã desta terça-feira (8) que não irá disputar a Presidência da República nas eleições de outubro. "Está decidido. Após várias semanas de muita reflexão, finalmente cheguei a uma conclusão. Não pretendo ser candidato a Presidente da República. Decisão estritamente pessoal", escreveu o jurista  recém-filiado ao PSB em sua conta pessoal no Twitter.

Protagonista no julgamento do processo do mensalão, Joaquim Barbosa  é cotejado para formar chapa como vice da ex-senadora Marina Silva (Rede), mas seu partido pretendia fazer do ex-ministro seu candidato próprio ao Planalto. Ele chegou a marcar dez pontos percentuais na última pesquisa Datafolha de intenção de votos, acima até mesmo de nomes consolidados do cenário político, como o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT).

Barbosa  vinha se mostrando reticente quanto à possibilidade de se candidatar já há bastante tempo. No mês passado, o jurista divulgou comunicado dizendo que, apesar de "não ter faltado carinho e respeito dos brasileiros" em relação a ele, sua participação nas eleições ainda era um "dilema pessoal" para si.

"Dar esse passo (sobretudo neste momento conturbado da vida nacional) tem sido um dilema pessoal para mim. A muitos pode parecer paradoxal, mas das conversas com o PSB construiu-se um entendimento que, no fundo, me traz um certo conforto e propicia mais tempo para reflexão na tomada de uma decisão final", explanou o ex-ministro.

Indecisão de Barbosa causou apreensão no PSB

Lideranças do PSB estavam apreensivas por uma decisão final de Barbosa. A bancada do partido na Câmara divulgou manifesto no fim do mês passado clamando para que o ex-ministro do STF "contribua com a reflexão e o debate" para "revigorar o projeto nacional que foi apresentado pelo partido nas eleições de 2014". Naquele pleito, o candidato da legenda à Presidência da República foi o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que morreu durante a campanha em um acidente de avião no litoral de São Paulo.

"O ministro Joaquim Barbosa , como evidenciado por toda sua trajetória na vida pública, especialmente como presidente do Supremo Tribunal Federal, representa a defesa e a prática da ética republicana, um valor central para o Partido Socialista Brasileiro", destacaram os deputados do partido, que encerram o manifesto com uma mensagem desafiadora ao ex-ministro: "Ainda está na ordem do dia ter coragem para mudar o Brasil".

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