Pré-candidato à Presidência da República do PSDB, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin já tem suas propostas a respeito de como operar, em âmbito federal, no estado vizinho àquele que governou desde 2011. Para os fluminenses, o objetivo do tucano é claro: manterá decretada a intervenção federal, caso assuma a posição de Michel Temer (MDB).
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Geraldo Alckmin deixou bem clara a sua opinião, a respeito da medida tomada por Temer, em uma palestra concedida nesta terça-feira (8), a empresários na Associação Comercial do Rio (ACRJ). Para ele, o novo presidente não poderá encerrar a intervenção logo ao assumir o cargo.
“Temos que ter uma situação que permita fazer essa transição”, afirmou, dizendo ainda que “o governo federal tem que liderar o combate à criminalidade”, afirmou o tucano que, contudo, ressaltou o quanto a medida precisará ser revista, para "não trancar a pauta" do Congresso.
Afinal, segundo o ex-governador de São Paulo, reformas políticas, tributárias e da previdência precisarão ser votadas logo no início do mandato do futuro governo por serem impopulares. “Acredito firmemente: se perder os primeiros seis meses, acabou”, disse Alckmin.
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A lei brasileira, porém, proíbe votação de Propostas de Emenda à Constituição (PEC) enquanto uma intervenção federal estiver vigente. Logo, essa seria a ideia de 'revisão' proposta pelo tucano: uma abertura de uma brecha para tais votações.
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Quando decretou a intervenção, Temer chegou a cogitar que a medida tivesse algumas revisões, a fim de uma possível votação sobre a – já travada – reforma da Previdência. Porém, essa revisão jamais aconteceu e essa brecha também não foi aberta pelo governo atual.
Segurança pública como tema central da palestra
Em sua palestra, Geraldo Alckmin priorizou o tema da segurança pública. Essa também tem sido a tática do presidente Temer numa tentativa de melhorar a sua avaliação como presidente brasileiro, nesse período de indecisão sobre uma possível campanha de reeleição ou não.
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