A Polícia Civil afirmou nesta quarta-feira (2) que o ataque à caravana que acompanhava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em março, no interior do Paraná, foi intencional. Na nota, o delegado responsável pelas investigações, Helder Andrade Lauria, afirma que não há a possibilidade de os disparos serem acidentais.
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"De acordo com investigações realizadas até o momento pode-se afirmar que o disparo que atingiu o ônibus em questão foi intencional. Ou seja, a pessoa que disparou teve a intenção de atingi-lo.", afirmou a nota sobre a investigação do ataque à caravana de Lula .
Segundo a perícia, divulgada no início de abril, os dois tiros nos ônibus do petista acertaram o lado direito do veículo. Um dos projéteis, que foi encontrado, atingiu a lataria e foi bloqueado por uma chapa de aço. O segundo disparo pegou de raspão no vidro, e a bala não chegou a ser encontrada pelos investigadores. Nos dois pontos, foram recolhidas amostras de chumbo. O orifício por onde a bala entrou tinha cerca de 10 milímetros de diâmetro.
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O perito explicou que a arma era de calibre .32, que tem baixo poder de fogo. "É arma que já saiu de fabricação. Nem a arma, nem sua munição são mais fabricadas", afirmou Kurowski. Ele não quis apontar o tipo exato de armamento usado, mas disse que poderia ser uma pistola de dois canos paralelos, conhecida como garrucha. "Totalmente fora de uso (...). As pessoas têm isso como coleção ou como herança. São armas que ainda se encontram em circulação."
Pelo que foi apurado, o atirador estaria afastado 18,9 metros de distância da rodovia, em uma posição atrás do lado direito do alvo, e posicionado em um base com altura superior à do ônibus, cerca de 4,3 metros em relação ao asfalto.
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Sigilo
De acordo com Lauria, a Delegacia de Laranjeiras do Sul continua investigando o caso. Segundo o delegado, ainda não se sabe a identidade do autor dos disparos e nem o que teria motivado o atentado conta à caravana de Lula . O delegado disse ainda que não poderia divulgar mais "detalhes" para não atrapalhar o "andamento da investigação".
* Com informações da Agência Brasil