O novo prefeito de São Paulo, Bruno Covas , empossado há menos de 30 dias, anunciou durante entrevista coletiva convocada nesta terça-feira (1º) na sede da prefeitura, que a gestão municipal fez "tudo que estava ao seu alcance" para impedir o desabamento do prédio de 24 andares consumido pelo fogo no centro de São Paulo nessa madrugada e que por isso estava com a sensação de "dever cumprido".
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Apesar disso, o prefeito , acompanhado do secretário municipal de Habitação, Fernando Chucre, anunciou uma série de medidas que serão tomadas a partir dessa quarta-feira para evitar que "situações como essa se repitam".
"A Defesa Civil
vai fazer um levantamento nos 70 prédios que estão ocupados, que estão invadidos aqui na cidade de São Paulo, para a gente verificar que se há alguma ação emergencial que precisa ser feita no curto prazo no ponto de vista de risco desses 70 prédios", disse o prefeito que estabeleceu um prazo de 45 dias para a execução dessa tarefa.
Bruno Covas também afirmou que a prefeitura deverá apresentar "uma solução definitiva" para os atingidos pelo desabamento . O plano será construído em conjunto com os governos estaduais e federal.
A prefeitura afirmou já ter cadastrado 118 famílias que passarão a receber auxílio-moradia de R$ 1.200 no primeiro mês e R$ 400 nos meses seguinte, por um ano. Os recursos são do governo estadual. Além disso, o prefeito disse ter pedido esclarecimentos sobre o laudo entregue ao Ministério Público que levou ao arquivamento de uma denúncia sobre os risco do imóvel. O processo será desarquivado e as causas do incêndio serão investigadas.
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O prefeito informou ainda que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) delimitará uma área que permanecerá interditada por 15 dias para que os escombros sejam retirados. Além disso, Covas ressaltou que só no mês de fevereiro, enquanto as famílias eram cadastradas, mais de seis reuniões foram feitas com os moradores ressaltando os riscos que envolvia continuar no local. Como o prédio pertencia ao governo federal, no entanto, a prefeitura não poderia pedir a reintegração de posse.
Dória associa ocupação à associação criminosa
O atual prefeito, porém, afirmou que não ia comentar as declarações de seu antecessor. João Dória, que ocupava o cargo até o mês passado, declarou que "o prédio foi invadido e parte dessa invasão foi financiada e ocupada por uma facção criminosa", durante evento em Ribeirão Preto.
Dória também afirmou que a prefeitura teria feito várias tentativas de desocupar o local e abrigar essas pessoas em outros pontos, sem sucesso, segundo ele porque as esquipes "foram rechaçadas, inclusive com ameaças de violência pela ocupação irregular. Porque ali era um centro de distribuição de drogas também, além de, infelizmente, abrigar famílias em situação de rua".
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O tucano que deve ser candidato ao governo do estado também disse que o prefeito Bruno Covas está "tratando disso com muita seriedade e com muita responsabilidade".