Partidos da oposição assinam manifesto em defesa da democracia

Manifesto assinado por PT, PDT, PSOL, PSB, PCdoB, PCB, PCO, Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo defende eleições livres, manutenção de direitos sociais e enfrentamento à violência da extrema-direita

Entre os partidos signatários, cinco deverão contar com representantes nas eleições presidenciais deste ano
Foto: Reprodução
Entre os partidos signatários, cinco deverão contar com representantes nas eleições presidenciais deste ano

Os principais partidos e movimentos que fazem oposição ao governo de Michel Temer (MDB) se uniram na criação do “ Manifesto pela Democracia, Soberania Nacional e Direitos do Povo Brasileiro ”. Divulgado na segunda-feira (16), o documento foi assinado pelos presidentes do PT, PDT, PSOL, PSB, PCdoB, PCB, PCO , Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo.

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Entre os partidos signatários, cinco deverão contar com representantes nas eleições presidenciais deste ano: o PDT de Ciro Gomes, o PSOL de Guilherme Boulos, o PCdoB de Manuela D´Ávila, o PT de Lula da Silva e o PSB de Joaquim Barbosa.

O manifesto tece duras críticas à gestão de Temer e pede a união dos setores progressistas em nome da defesa dos direitos sociais prometidos pela Constituição de 1988.

“O Brasil vive dias sombrios”, diz o documento, que prossegue: “a retirada de direitos, promovida de maneira acelerada pelo governo de Michel Temer e sua base parlamentar, é parte de um preocupante surto autoritário. A violência, o ódio e a intolerância disseminados nas redes sociais, incitados por estratégias de comunicação da mídia tradicional, se arrogam a pretensão de pautar a agenda política nacional, tratando o Estado Democrático de Direito como se fosse apenas um empecilho anacrônico em seu caminho”.

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O manifesto relembra a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, apontando que ela demonstra a escalada da violência fascista contra defensores dos interesses do povo. Cita também os ataques à caravana do ex-presidente Lula como outro indício da “espiral de violência”.

O texto conclui convocando partidos, a sociedade civil, movimentos sociais, professores, a comunidade jurídica e científica, artistas e religiosos para “articular a resistência democrática aos atentados contra o estado de direito”.

“Os partidos que subscrevem esse manifesto convocam todos os setores sociais comprometidos com os valores democráticos à formação de uma ampla frente social. Essa frente, que não tem finalidades eleitorais, buscará estimular um amplo debate nacional contra o avanço do ódio, da intolerância e da violência”, arremata o manifesto .

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