Na terça-feira (17), o Supremo Tribunal Federal (STF) enfim decidirá se torna ou não o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) réu na denúncia envolvendo os áudios da JBS vazados em maio de 2017. Na ocasião, o tucano foi gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, implicado nas investigações da Lava Jato.
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Como já é praxe em momentos importantes que dizem respeito ao governo e seus aliados, o presidente Michel Temer (MDB) recebeu Aécio em um encontro no Palácio do Jaburu no último domingo (8). E, novamente contrariando uma prática da comunicação do Planalto, o encontro não foi divulgado na agenda oficial da Presidência. A informação é do jornal O Globo.
Temer e Aécio tampouco se manifestaram sobre o conteúdo do que foi discutido no encontro. O tucano, como se sabe, foi um dos principais apoiadores do impeachment que destituiu Dilma Rousseff (PT), que venceu o mineiro nas eleições de 2014.
Ainda, o partido de Aécio foi um dos sustentáculos de Temer nestes últimos dois anos e o ajudou a aprovar a reforma trabalhista e a regra do teto dos gastos. Não por menos, o presidente aceitou receber o tucano em seu momento político mais agônico.
Cerco ao presidente
Se o aliado tucano do Planalto passa por um mau momento, o próprio Michel Temer tem seus motivos para preocupação.
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No momento, o que mais aflige o presidente é que seus dados bancários e fiscais solicitados pelo STF vazem para a imprensa. Em março, o Supremo autorizou a quebra dos sigilos de Temer, que é investigado por corrupção e formação criminosa no inquérito que trata do Decreto dos Portos e na denúncia sobre o “ quadrilhão do MDB ”.
Nos dois casos, o Ministério Público e a Polícia Federal buscam apurar a veracidade das delações que apontam que Temer e seu entorno receberam propina de empresas privadas em troca de favores da máquina estatal.
Reiteradas vezes, o presidente negou as acusações e criticou o Ministério Público, que, conforme alega Temer , o estaria perseguindo.
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